Sindicatos de pilotos da Latam Airlines no Chile organizam-se para voltar a se reunir com a empresa aérea e definir um acordo coletivo de trabalho que assegure os direitos aos profissionais, num momento em que a pandemia tem caminhado para um desfecho e a companhia para a saída de um longo processo de reestruturação.
O diário chileno La Tercera teve acesso a uma carta interna do sindicato, em que os representantes dos pilotos destacam a importância de um acordo neste momento. Com o comunicado, tornou-se conhecido que a empresa e o sindicato se reunirão em outubro para regulamentar o relacionamento dos tripulantes com a Latam.
Um dos argumentos do sindicato para a regulamentação é criar uma proteção aos empregos e uma padronização de direitos, defendendo que os “pilotos fizeram grandes esforços para manter a empresa funcionando durante a pandemia”, e que isso deve ser reconhecido pela empresa aérea.
A nota do sindicato dizia: “Queridos colegas. A memória às vezes é frágil. Não esqueçamos que há mais de dois anos temos feito grandes esforços para demonstrar nosso compromisso com a empresa. Adiamos nossos interesses pessoais e sindicais para apoiar a continuidade operacional e financeira da empresa. Chegamos mesmo ao ponto de modificar nossa estrutura de remuneração de forma permanente, e não temporária, como a maioria do restante da organização, que já está retornando aos seus níveis salariais anteriores à pandemia”.
“Por tudo isso, estamos convencidos de que é hora de virar a mesa. É hora da empresa reconhecer seus pilotos e nos dar o tratamento que merecemos. Por isso, é fundamental negociarmos de verdade, com informação e com perspectiva de longo prazo”, concluiu.