O Simpósio Regional Sobre Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas (SIRESANT) 2024, realizado entre os dias 9 e 11 de dezembro, em Curitiba, reafirmou sua posição como o principal fórum de discussões sobre regulamentação e inovação no setor de drones. Organizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), o evento reuniu representantes de instituições como Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Polícias Federal e Penal, além de especialistas dos setores público e privado.
Na cerimônia de abertura, o comandante do CINDACTA II, Coronel Aviador Regilânio Isaías Aguiar de Melo, celebrou a evolução do SIRESANT desde sua primeira edição, em 2019, realizada também em Curitiba.
O oficial enfatizou que o simpósio tem se consolidado como um espaço estratégico para a troca de experiências e o aprimoramento das normas e procedimentos. “O SIRESANT é uma oportunidade para estreitar os laços entre usuários, órgãos reguladores e a comunidade tecnológica, promovendo avanços responsáveis e sustentáveis para o setor,” destacou.
A programação incluiu palestras, workshops e mesas-redondas. Um dos momentos mais enriquecedores foi a mesa-redonda com os palestrantes, que possibilitou a interação direta entre especialistas e participantes. Durante o debate, dúvidas foram esclarecidas e experiências compartilhadas, promovendo uma troca de conhecimento essencial para a evolução do setor.
O Chefe do Setor de Planejamento de Aeronaves Não Tripuladas, do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Major Rodrigo Gonzalez Martins de Magalhães, apresentou o Projeto BR-UTM, um sistema inovador para a gestão de tráfego de aeronaves não tripuladas. “O BR-UTM é mais do que uma solução tecnológica, é um exemplo de como a colaboração pode impulsionar a modernização do setor”, enfatizou o Major.
Já o Chefe da Seção de Aeronaves Não Tripuladas do CINDACTA II, Capitão Especialista CTA José Guilherme Malta, trouxe uma nova perspectiva sobre normas para segurança pública, destacando o papel estratégico dos drones e sua integração nas operações.
Outro ponto de relevância foi a apresentação de empresas de tecnologia, como a XMobots, que destacou o Projeto Nauru, uma iniciativa que promete revolucionar o uso de drones em diversas áreas comerciais e governamentais.
A Atech, referência em soluções de gestão e controle aéreo, também contribuiu com insights sobre a integração de sistemas de tráfego não tripulado (UTM), enfatizando a importância de tecnologias colaborativas.
A ANAC, com sua expertise em regulamentação, reforçou a relevância de normas claras e alinhadas às demandas do setor, promovendo uma estrutura segura e eficiente para a operação de drones no espaço aéreo brasileiro.
A abordagem prática do evento ficou evidente no workshop “SARPAS – Hands On”, que capacitou os participantes no uso da plataforma oficial para solicitações de voos de drones, demonstrando a importância de ferramentas intuitivas para a gestão do espaço aéreo.
O SIRESANT 2024 reforçou o compromisso do DECEA com a segurança e a inovação no espaço aéreo brasileiro, promovendo discussões estratégicas para o setor. Durante o evento, o chefe do SDOP, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, destacou a relevância do simpósio para o fortalecimento da regulamentação e do uso responsável de drones no país.
“Estamos construindo uma base sólida para que o Brasil seja referência global em operações com aeronaves não tripuladas, sempre priorizando a segurança, a eficiência e o alinhamento com as melhores práticas internacionais”, afirmou o oficial-general, evidenciando o papel estratégico do DECEA no avanço do setor.
O comandante do CINDACTA II, Coronel Aguiar, anunciou o município de Brasília como sede do SIRESANT 2025. A edição de 2024 reforçou a relevância da regulamentação eficiente e da aplicação de tecnologias emergentes, como os sistemas UTM, apontando caminhos claros para o avanço do setor de drones no Brasil, em prol de um espaço aéreo mais seguro e acessível.
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