Sky Airline contrata banco BTG Pactual para se fortalecer na crise

A SKY Airline do Chile está procurando emitir um título conversível em ações da companhia aérea no valor de US$ 100 milhões, que permitiria à transportadora sustentar operações até o final de 2021 e além, enquanto a empresa continua buscando linhas estatais.

A SKY tem fundos suficientes para suportar a baixa demanda até 2020, em parte devido ao recente acordo com o sindicato dos pilotos, que ajudou a cortar custos. Além disso, prevê-se uma redução de pessoal adicional a partir de setembro de 2020.

A partir de dezembro de 2020, a companhia aérea espera atingir 50% da capacidade pré-COVID-19 e 80% até dezembro de 2021. Como resultado do declínio na receita de passageiros em relação ao ambiente operacional anterior, a SKY optou por buscar o financiamento.

Uma garantia estatal permitirá que a transportadora faça empréstimos em condições mais favoráveis, mas nada foi aprovado pelo governo até o momento. A SKY está buscando fundos suficientes para sustentar as operações por pelo menos 18 a 24 meses e permitir que ela saia da desaceleração mais forte que seus concorrentes.

BTG Pactual com o mandato

O BTG Pactual foi o banco de investimento que recebeu o mandato de buscar financiamento internacional. O BTG aconselhou a transportadora a vincular esta proposta a um futuro IPO da companhia aérea em 2024, no qual Paulmann Mast continuaria sendo o acionista majoritário. O pagamento final da obrigação venceria em 2025, se garantido.

O roadshow da emissão deve ocorrer ao longo de agosto de 2020. Caso não seja bem-sucedido, a companhia aérea e seus consultores considerarão outras opções, como financiamento privado no Chile ou novas linhas de crédito com bancos.

A SKY está avaliada entre US$ 150-600 milhões, com uma dívida de US$ 800 milhões – 95% derivada do financiamento de aeronaves.

Quanto à frota, a SKY mantém como certas as entregas do A320XLR em 2023, permitindo que a companhia aérea lance voos de Santiago para Miami ou Lima para Nova York e Los Angeles.

A companhia aérea reduziu sua frota de 26 para 17 aviões devido à atual crise e também adiou a entrega de aeronaves por seis a 12 meses, com apenas dois aviões com vencimento em 2020.

Com informações da SKY Airline

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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