Sol se põe duas vezes durante um voo incomum feito pela empresa holandesa KLM

Imagem: Jeroen Stroes / CC BY 2.0, via Wikimedia

A empresa aérea holandesa KLM passou a fazer uma verdadeira viagem ao redor do mundo esta semana, quando voltou a voar diretamente para Tóquio a partir do seu hub em Amsterdã. Acontece que o voo precisa fazer uma rota especial como resultado do fechamento do espaço aéreo russo.

Na terça-feira, 1º de novembro, um voo direto da KLM partiu de Schiphol para o aeroporto de Narita, pela primeira vez em muito tempo. Ele foi feito pelo Boeing 787-9 Dreamliner de matrícula PH-BHH, que teve que realizar um grande desvio para evitar o espaço aéreo russo, que está fechado a empresas europeias, da mesma forma que os céus europeus baniram voos de aéreas russas após a invasão da Ucrânia.

Na ida, o voo contornou o território russo pelo sul, mas foi o caminho de volta que chamou mais a atenção. Devido a várias circunstâncias, como a direção do vento, o voo de Tóquio para Schiphol seguiu pelo leste, sobrevoando o Oceano Pacífico, se aproximou do Círculo Polar Ártico e passou sobre o “anel de fogo” vulcânico. Além disso, durante a viagem, o sol se pôs duas vezes.

A KLM preparou-se bem para o voo especial, que foi realizado com quatro pilotos que se alternaram. No mais, para a operação, foi publicado um boletim interno especial em colaboração com os vários centros de controle de tráfego aéreo para familiarizar os pilotos com os procedimentos que tiveram que ser seguidos em rota.

Imagem: Radarbox
Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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