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South African Airways respira aliviada e parece ter um bom plano para se reerguer

A luta da South African Airways (SAA) para manter firme sua operação ganhou um elemento novo em favor da companhia aérea africana, que garantiu um empréstimo e passa a ter uma proteção especial contra a falência (uma espécie de recuperação judiciail).

South African
Os A340 serão substituídos por aeronaves mais eficientes

Em meio a uma grave crise e sem lucrar há sete anos, a tradicional empresa aérea tem passado por alguns apertos, como as greves de funcionários e queda na demanda. Para tentar virar esse jogo e salvar a companhia aérea, o governo interveio e protegeu a transportadora contra o colapso.

Por causa dessa proteção, a SAA agora pode executar o que está sendo chamada de uma ‘reestruturação radical’. Isso permitirá que a companhia aérea mova posições e ativos em uma tentativa de colocá-la em uma posição mais lucrativa, eliminando provavelmente algumas redundâncias de procesos.

O que vem agora para a South African?

Em um comunicado à Bloomberg, o ministro sul-africano Pravin Gordhan disse que “este é o mecanismo ideal para restaurar a confiança na SAA e salvaguardar os bons ativos, para ajudar a reestruturar e reposicionar a empresa e que ela fique mais forte, mais sustentável e capaz de crescer e atrair um sócio ”,

Além do processo de renovação da frota, com a retirada de serviço de aeronaves antiquadas como o Airbus A340 com seus quatro motores beberrões e a entrada dos mais eficientes A350, a empresa tem promovido uma racionalização de rotas, com foco nas que lhe trazem mais rentabilidade, reduzindo a competição direta com os grandes concorrentes internacionais da Europa e do Oriente Médio.

A350 vem para trazer mais eficiência á frota

O governo também concedeu à companhia aérea um empréstimo adicional de 4 bilhões de rands (US$ 274 milhões) para ajudá-la a continuar operando. Apenas metade desse dinheiro virá diretamente do governo, com os outros 2 bilhões de rands (US$ 140 milhões) provavelmente provenientes de capitais externos, que receberão títulos do governo em troca (em vez de investir na companhia aérea).

“Esse conjunto de ações deve dar confiança aos clientes da SAA para continuarem a usar a companhia aérea, porque não haverá paradas não planejadas de voos ou cancelamentos sem aviso prévio”.

Para implantar essas medidas necessárias, uma equipe de consultores será nomeada pelo conselho nas próximas semanas.

Todo esse movimento tem sido bem recebido por muitos, pois parece mostrar ao mercado que há um ideal de transformção em execução e que se retira assim a pressão do contribuinte, sem deixar a companhia cair em desordem ou colapso. Somente o tempo dirá se é o movimento certo para esta companhia aérea.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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