Outro voo realizado por um Airbus A340 da Ásia para as Américas foi parado por suspeita de tráfico humano.
A operação desta vez foi realizada por um Airbus A340-300 da companhia aérea alemã de fretamentos USC, que voou de Dubai para Kingston, na Jamaica, com uma parada em Cairo, no Egito.
Este voo foi realizado no último dia 2 de maio, mas a aeronave só voltou a voar 5 dias depois, dando suspeitas de que algo diferente aconteceu após o pouso no país caribenho.
A situação foi clarificada pelo diretor da USC, Klaus Dieter Martin, que afirmou ao portal Ch-Aviation, que o avião não ficou detido, mas que “as autoridades jamaicanas não estavam felizes com os passageiros, apesar de terem autorizado o voo com uma lista de passageiros previamente enviada”.
Após um empasse “diplomático” a USC concordou em levar todos os passageiros de volta para Dubai, mas foi necessário um tempo extra para coordenar toda a operação e a papelada envolvida.
O fato do voo ter vindo dos Emirados Árabes Unidos para a Jamaica, numa rota que não é operada comercialmente e sem demanda aparente, soou o alarme nas autoridades jamaicanas por um motivo: imigração ilegal.
Com as restrições de países como México, El Salvador e Panamá para a entrada de asiáticos e africanos no país, outras nações vizinhas têm virado o novo alvo de imigrantes que pretendem chegar aos EUA ilegalmente e por via terrestre.
Um voo realizado por outro A340, da Legend Airlines, também saindo dos Emirados com destino à Manágua, capital e a maior cidade da Nicarágua, foi parado em Paris com esta suspeita, que acabou sendo confirmada já que maioria das pessoas a bordo eram indianos com planos de entrarem ilegalmente nos EUA pela fronteira terrestre.
Desde então, vários países latinos e caribenhos têm monitorado qualquer voo fretado vindo da Ásia ou da África, com a suspeita de que os passageiros possam usar o seu país como maneira de chegar até o México, e então cruzar a fronteira com os EUA de maneira ilegal.