A recém-estatizada Cabo Verde Airlines (CVA) estaria em conversas com angolana TAAG para que a última lhe alugue algumas aeronaves Boeing 737 e, assim, permita à cabo-verdiana reaver sua malha de voos. Atualmente, a companhia de Cabo Verde conta com apenas um Boeing 757, o que é muito pouco para a retomada de suas operações.
Como relata o Africa Press, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse na quarta-feira (26) que a parceria foca em melhorar o desempenho da empresa cabo-verdiana. A ideia, em primeiro plano, é aumentar a ligação aérea com a Europa continental, especialmente com Portugal. Para frente, viriam os voos a Boston, nos Estados Unidos.
O governo de Cabo Verde ainda tem ainda uma disputa comercial com o grupo controlador da Icelandair, seu antigo sócio na empresa aérea, que alega ter sido prejudicado com a reestatização da empresa. Como resultado do processo, a empresa CVA tem impacto direto em seu crédito. Por conta disso, um acordo entre governos, como é o caso de Angola, faz sentido para buscar retomar a operacionalidade da empresa.
Em se falando de Brasil, a empresa aérea não mencionou, até o momento, planos de retomada de suas rotas ao nordeste e outros destinos no país. Quando ainda era gerida pelos islandeses, a empresa tinha planos de transformar a Ilha do Sal em um hub, inclusive novos voos vinham sendo inaugurados com grande velocidade. No entanto, com a pandemia, esses planos foram abruptamente cortados.