Durante o evento que celebrou o início dos voos comerciais ligando Luanda a Madri, a empresa aérea angolana TAAG também informou que vai adicionar dois Boeing 777-300ER à sua frota, que serão alocados na ligação da China com o Brasil, anunciada há duas semanas. As aeronaves terão configuração de passageiros, mas serão adaptadas para o transporte de cargas, na modalidade conhecida como preighter.
A informação foi confirmada pelo CEO da companhia aérea, Eduardo Fairen Soria, num discurso proferido a convidados em uma festa no Hotel Reina Victoria, no centro de Madrid.
O gestor disse que foi fechado um acordo com a Carlyle Aviation Partners, braço de aviação da empresa de private equity The Carlyle Group, para a contratação destes novos aviões. Soria também disse à Aviacionline, em entrevista após seu discurso, que os dois 777 serão preighters por conta da disponibilidade limitada de cargueiros “completos” no mercado.
Aeronaves preighter tornaram-se comuns durante a pandemia de COVID-19, consistindo em uma configuração de cabine mista; não transportam passageiros, pois os assentos são usados para acomodar a carga na cabine, onde estariam as pessoas. Em alguns casos, uma parte dos assentos é retirada.
De acordo com o registro da FAA, dois Boeing 777-300ER pertencem ao Carlyle (registrado através do UMB Bank, no estado de Utah): o de número de série 29062, atualmente registrado como N962CL e outro registrado N906CL. De acordo com o inventário do site Planespotters.net, ambos foram originalmente entregues à Emirates em 1999, sendo devolvidos em 2017.
A TAAG opera atualmente uma frota de cinco Boeing 777-300ER e três Boeing 777-200, um dos quais está operando como preighter. Os outros dois estão em manutenção.
