A TAP Air Portugal apresentou uma proposta para pagar cerca de 50 milhões de euros à Azul Linhas Aéreas, um valor significativamente abaixo dos 90 milhões exigidos pela companhia brasileira. Essa discrepância no valor e as contestações sobre garantias associadas ao empréstimo obrigacionista firmado em 2016 têm gerado tensões entre as duas empresas.
De acordo com o Jornal de Negócios, a proposta de pagamento foi revelada em um relatório do Eco, que detalhou uma carta enviada pela Azul à TAP no mês passado. Essa correspondência solicitava um “aperfeiçoamento” das garantias oferecidas no âmbito da subscrição de obrigações ou um pagamento antecipado da dívida, incluindo juros.
O CEO da TAP, Luís Rodrigues, supostamente encaminhou essa carta ao Governo, sugerindo um montante inferior ao valor original da dívida. Além disso, a TAP já havia contestado anteriormente as garantias vinculadas ao empréstimo realizado em 2016, afirmando que as garantias apresentadas pela Azul eram inválidas, uma alegação que foi refutada pela companhia brasileira.
A situação se intensificou após uma entrevista de John Rodgerson, CEO da Azul, à CNN Portugal, na qual ele ameaçou romper o acordo comercial com a TAP no Brasil. Esse acordo é crucial, pois facilita a captação de clientes no mercado brasileiro tanto para a TAP quanto para a Azul, e o rompimento desse pacto pode impactar negativamente ambas as operadoras, resultando em uma “situação desfavorável” para os negócios de ambas.
Diante desse conflito, é evidente que a relação entre a TAP e a Azul está em um ponto crítico, e os desdobramentos dessas negociações e alegações continuarão a ser observados de perto, tendo implicações significativas tanto para as operações das empresas quanto para o mercado de aviação entre Brasil e Portugal.