O Aeroporto Schiphol, de Amsterdã, nos Países Baixos, está trabalhando arduamente para reduzir a quantidade de poeira ultrafina em suas dependências e na área circundante através, por exemplo, da eletrificação dos equipamentos diversos de serviços de solo, como os veículos rebocadores de aviões.
Mas o aeroporto também sai do caminho tradicional com pesquisas experimentais e com aprendizado com soluções de outros setores que têm potencial para aeroportos. Uma dessas soluções possíveis é o uso de gotículas de água para remover partículas ultrafinas do ar.
Como parte do programa batizado de TULIPS, a administradora de Schiphol e o Centro Aeroespacial da Holanda (NLR) realizaram um teste com uma inovadora “tela de água”.
Melhorar a qualidade do ar local
Partículas ultrafinas são liberadas durante o uso de aeronaves e de motores a diesel. Segundo o Aeroporto de Twente, onde são realizados os testes, é importante que os aeroportos reduzam a quantidade de partículas ultrafinas. Um dos pacotes de trabalho do programa TULIPS concentra-se, portanto, na redução de partículas ultrafinas, especificamente através de gotículas de água.
Uma tela de gotas de água contra partículas ultrafinas
A ideia de usar gotículas de água para remover partículas ultrafinas do ar vem das indústrias de construção e mineração. Para evitar incômodos ao meio ambiente, eles usam pulverização para remover partículas ultrafinas do ar.
Em Schiphol, já foi realizado um teste com jatos de água em 2022 para obter o mesmo resultado. Funcionou até certo ponto, mas eram necessárias mais pesquisas.
É por isso que foi agora realizado um teste com uma tela de água especial que foi desenvolvida com base no teste anterior. A ideia é que as partículas ultrafinas se fixem nas gotículas, fazendo com que caiam no chão.
Análise dos dados
Essa é a teoria, mas funciona? Para a verificação, a equipe do TULIPS Workpackage 7 deslocou-se ao Aeroporto de Twente, onde havia espaço disponível para a configuração especial do teste.
Com o teste, eles coletaram muitos dados de medição. Ao instalar sensores adicionais, eles também conseguiram filtrar melhor os efeitos colaterais, como o clima e o ar externo. Eles analisarão os dados em conjunto com a NLR nos próximos meses e esperam entregar o relatório de pesquisa ainda neste ano como um dos resultados do TULIPS.
Direção da solução
Depois de descobrirem que a teoria funciona, o próximo passo é traduzir a inovação numa solução viável para os aeroportos. Aplicá-lo durante a decolagem, por exemplo, para reduzir partículas ultrafinas para o meio ambiente.
O uso desta tecnologia em operações de aeroporto ainda precisa ser mais desenvolvido. Mas desta forma estão sendo dados pequenos passos na obtenção de conhecimentos com os quais será possível lidar com partículas ultrafinas.
Informações do Aeroporto de Twente
