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Telefone de piloto do Jumbo apreendido na Argentina confirma ligações com terroristas

O conteúdo encontrado no celular do comandante iraniano que estava a bordo de um Boeing 747 venezuelano preso na Argentina teria confirmado suas ligações com terroristas, segundo autoridades do país vizinho.

Divulgação – Conviasa

O nome de Gholamreza Ghasemi tem sido um dos mais falados nos últimos dias na Argentina, já que ele é o mais conhecido dos quatro pilotos iranianos que estavam como passageiros a bordo de um Boeing 747 atualmente registrado na Venezuela. A aeronave era, de fato, comandada por dois venezuelanos e carregava peças automotivas do México para Buenos Aires.

A verdadeira novela que se tornou o caso do 747-300 da Emtrasur Cargo tem tido capítulos que confirmam a ligação da tripulação com células terroristas do Irã.

Após ter a caixa-preta apreendida, o Jumbo está isolado e sob vigilância no Aeroporto de Ezeiza, de onde não conseguiu sair por negativa de abastecimento de combustível por parte de todos os fornecedores no Cone Sul. Mas, além do gravador de voz da cabine, também foram apreendidos os celulares dos tripulantes iranianos, que não constavam na lista do voo e sua presença a bordo não tinha um motivo técnico.

O celular de Gholamreza Ghasemi foi o mais revelador: nele foram achadas fotos de membro das Forças Quds, que são uma das divisões militares do Irã. Fotos do então combatente com mísseis, tanques e uma bandeira escrito “Morte a Israel” também foram encontradas, segundo reporta a agência MercoPress.

Gholamreza Ghasemi na época que era dono da Qeshm Air

A Quds tem ligações diretas com o Hezbollah, e participa de várias atividades terroristas, inclusive em um ataque em 2007 contra um posto americano no Iraque, onde 5 soldados americanos foram mortos. Desde então, os EUA classificam a Quds como uma organização terrorista, movimento seguido pelo Canadá, Israel e Arábia Saudita. Por causa disso, qualquer pessoa que se envolve com a organização, financie ou ajude, também seria classificado como terrorista e seria sancionado, preso ou caçado.

Gholamreza já estava no radar dos EUA havia algum tempo, já que a sua finada empresa aérea, Qeshm Air, teria transportado armas para o Hezbollah e as Forças Quds. Agora, com as revelações de seu celular, ele deve ficar preso na Argentina e um pedido de extradição deve ocorrer pelos americanos ou até israelenses.

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