A estatal holandesa Caribbean Air Navigation Service (DC ANSP), do governo da Holanda, negou o sobrevoo de aeronaves da Arajet na região sob sua jurisdição. Por meio de nota, a agência informou que os Boeings 737 MAX da low cost dominicana não poderão sobrevoar seu espaço aéreo.
Isso significaria que os voos da Arajet para Saint Maarten, Aruba e Curaçao correm o risco de cancelamentos ou reprogramações. Também afetará as operações para a Colômbia ou qualquer outro lugar que exija sobrevoar o território holandês no Caribe, pois terão que ser desviados, aumentando as horas de operação. A decisão entrará em vigor em 11 de abril de 2023.
Após consulta da Aviacionline, a empresa aérea confirmou que havia um inconveniente derivado do pagamento de taxas de embarque que não estavam sendo cobradas automaticamente na conta que a Arajet possui desde o início das operações, em setembro de 2022. A operadora indicou ainda que, depois de corrigida a situação, aguarda um pronunciamento da autoridade que esclareça a situação atual.
Não é a primeira vez que um território holandês nega as operações de uma companhia aérea dominicana: em meados de 2022, os acordos bilaterais entre a República Dominicana e St. Maarten estavam em risco, devido ao fato de a Autoridade de Aviação Civil deste último país acusar a Junta de Aviação Civil (JAC) da República Dominicana de suspender uma empresa em benefício de companhias aéreas dominicanas.
Após três dias, o JAC informou que a Autoridade de Aviação Civil, Navegação e Assuntos Marítimos de Saint Maarten (SMCAA) tirou a suspensão de voos de companhias aéreas da República Dominicana, após concordar com o retorno da companhia aérea holandesa que operava em território dominicano.
O desembarque da Arajet no Caribe desencadeou uma forte concorrência nos principais mercados da região. Recentemente, a JetAir Caribbean suspendeu seus voos entre Curaçao e Santo Domingo, culpando o excesso de oferta e uma guerra de preços.
