Rumores de que o governo de Joe Biden pode impor a testagem de coronavírus para os passageiros acendeu alertas na aviação civil dos EUA.
Para Ed Bastian, CEO da Delta Air Lines, caso a regra seja implementada “será um pesadelo logístico que não deixará o voo mais seguro”, afirmando as burocracias dos testes hoje em dia envolvendo antecedência do teste, tempo para resultado e preços.
Segundo matéria do portal AeroTime, caso a medida seja colocada, a cada dia serão consumidos em torno de 10% de todos os testes de COVID-19 disponível nos EUA, e em questão de dias não teria como se testar mais ninguém.
O medo maior das companhias aéreas é que a medida afaste os passageiros, que terão que chegar no aeroporto ao menos 3 ou 4 horas antes do embarque. Tempo esse que, dependendo da viagem, pode fazer vale a pena ir de trem ou carro, ou nem mesmo viajar.
O Secretário de Transportes, Pete Buttigieg, não afirmou se isto irá acontecer, se limitando a dizer que “está conversando com o Centro de Controle de Doenças agora, e o que irá acontecer será guiado por dados, ciência e medicina, além da opinião de quem estará executando isso”.
O principal sindicato de comissários do país, a AFA-CWA, avisou ao governo federal que caso a medida seja implementada, várias empresas aéreas podem quebrar.
Dos grandes países em volume de voos e tamanho similar aos EUA, como Brasil, Austrália, China e Rússia, nenhum deles exige teste negativos para viagens domésticas, sendo apenas algumas exceções de saída em áreas com alta infecção / mais vulneráveis, mas não regra geral.
