Transação estranha em compra de aviões leva mulher a ser condenada na justiça

Imagem apenas ilustrativa – Air Peace

Uma cidadã americana foi julgada culpada após ter confessado a falsificação de documentos e assinaturas sobre transações de aeronaves da empresa aérea nigeriana Air Peace. Por isso, ela foi condenada a um mês de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de US$ 4.000.

As acusações são contra Ebony Mayfield, que foi considerada culpada de assinar e enviar documentos fabricados entre 2016 e 2018 para facilitar um desembolso de US$ 20 milhões da Nigéria para contas bancárias dos EUA, supostamente para a Air Peace comprar cinco Boeings 737 da Springfield Aviation Company, onde ela trabalhava. 

Inicialmente, ela se declarou inocente de todas as oito acusações, mas depois chegou a um acordo judicial que viu o governo dos EUA retirar as sete acusações restantes contra ela, relata o Premium Times da Nigéria.

Não só ela

O CEO da Air Peace, Allen Onyema, o chefe de Finanças e Administração, Ejiroghene Eghagha, e a Air Peace Limited, ainda enfrentam 36 acusações de fraude e lavagem de dinheiro no mesmo tribunal, mas continuam alegando inocência. Eles foram indiciados em 2019 por uma acusação de conspiração para cometer fraude bancária. Além disso, Onyema foi acusado de 27 acusações de lavagem de dinheiro e Eghagha foi acusado de uma acusação de roubo de identidade.

Em uma declaração, o escritório de advocacia AO Alegho and Co, que defende a equipe da Air Peace, emitiu uma declaração alegando que sua sentença branda era prova de que não havia “intenção fraudulenta nas Cartas de Crédito” e que “não havia vítima nenhuma“.

“Todos os fundos envolvidos eram fundos legítimos pertencentes aos nossos clientes. Não houve perda de dinheiro ou qualquer dano a terceiros. O governo dos EUA admitiu hoje no tribunal que nenhum banco sofreu qualquer perda financeira neste assunto”, afirmaram.

“Nossos clientes nunca tomaram empréstimos ou crédito de nenhum banco dos EUA, e Ebony Mayfield nunca recebeu a quantia de US$ 20.000 em nenhum momento para cometer qualquer fraude, como está sendo vendido por uma seção da imprensa nigeriana”, acusaram os advogados. “Nossos clientes mantêm sua inocência no assunto e afirmam que todas as medidas tomadas em relação às Cartas de Crédito foram tomadas de boa fé e com fundos legítimos. Todas as aeronaves envolvidas foram trazidas para a Nigéria e utilizadas nas operações da Air Peace Limited. Não houve vítima, não houve perda de fundos para qualquer pessoa e não houve intenção criminosa de qualquer natureza“.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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