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Transporte aéreo do foguete até o Brasil foi feito de ‘porta a porta’ por uma empresa brasileira

O Boeing 747 em São Luís, no Maranhão – Imagem: AGS

Como mostrado pelo AEROIN na última semana, um foguete da empresa sul-coreana INNOSPACE, que será lançado neste mês de dezembro no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no estado do Maranhão, foi trazido por meio aéreo desde a Ásia.

E a empresa responsável pelo transporte dessa carga muito especial vinda da Coreia do Sul para o Brasil foi a brasileira AGS Logistics, operador logístico global.

O foguete saiu do Aeroporto Internacional de Incheon, maior terminal aéreo da Coreia do Sul, situado na Região Metropolitana de Seul, e chegou no Aeroporto Internacional de São Luís no último sábado, dia 3 de dezembro.

Ele foi trazido a bordo de um voo fretado realizado por uma aeronave cargueira Boeing 747-400F da National Airlines, com capacidade para cerca de 130 toneladas.

Imagem: AGS

A operação inédita realizada pela AGS representa um marco histórico nas atividades com cargas no aeroporto maranhense, administrado pela CCR Aeroportos. Chamado HANBIT-TLV, o foguete da INNOSPACE tem 16,3 metros de altura, 1 metro de diâmetro e pesa 8,5 toneladas.

Mas os trabalhos do operador logístico tiveram início muito antes do transporte aéreo do foguete em si. Alexandre Gulla, CEO do Grupo AGS, explica que a companhia foi responsável por atividades que foram desde a inspeção da carga in loco, na fábrica da INNOSPACE na Coreia do Sul, passando pelos procedimentos de packing, pelo recebimento no aeroporto de Incheon, pelo desembaraço junto às autoridades locais e pelo planejamento e indicação das opções de fretamento do voo.

Quando o foguete chegou ao Brasil, as equipes da AGS ainda realizaram a descarga, utilizando equipamentos próprios, e a despaletização das peças. A companhia foi responsável também pelo transporte rodoviário em carretas, incluindo travessia por balsa, com escolta até Alcântara.

Imagem: AGS
Imagem: AGS

Além disso, todos os trâmites envolvendo os seguros nacional e internacional da carga também ficaram sob responsabilidade do operador logístico.

“Em resumo, trata-se de uma operação porta a porta realizada pela AGS. Todo o trabalho, desde a coleta da carga até o pleno descarregamento no CLA, foi feito em menos de 40 horas”, comenta o CEO.

O executivo destaca ainda que alguns componentes do foguete necessitaram de temperatura controlada durante a movimentação.

“A preocupação na Coreia era a temperatura muito baixa. Os termômetros lá registravam -10ºC e no Brasil, 30ºC. Durante todo o tempo, inclusive no voo, trabalhamos atentos para controlar a temperatura”, explica.

Para realizar o transporte rodoviário do Aeroporto de São Luís até Alcântara, a AGS utilizou duas carretas, uma aberta e outra do modelo baú com sistema de refrigeração.

“Para nós é uma honra fazer parte de mais esse projeto, que foi concluído com êxito total. Quero agradecer a toda a equipe da AGS que participou dele e, principalmente, à INNOSPACE que confiou no nosso trabalho e nos deu a oportunidade de atuar nessa operação tão especial e importante para o Brasil e para os coreanos”, finaliza Gulla.

Lançamento de satélites

A operação da INNOSPACE em Alcântara tem caráter experimental e o objetivo da companhia, que será a primeira empresa privada a lançar um foguete a partir da base brasileira, é realizar o envio de seus satélites em centros de lançamento com custos mais acessíveis ao redor do mundo.

A partir de Alcântara, o HANBIT-TLV vai realizar um voo de teste suborbital de até 85 km de altitude e voltará para a superfície da Terra caindo em mar aberto.

Informações da Assessoria de Imprensa da AGS

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