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Transporte com avião privado foi disponibilizado pelo Governo do Acre para garantir transplante de órgão

Cessna 208B Grand Caravan contratado para o transporte – Imagem: Fundhacre

O Governo do Estado do Acre informa que mais uma cirurgia de transplante de fígado foi realizada nesta sexta-feira, 14 de julho, na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), quando o doador, de 25 anos, de Porto Velho (RO), foi notificado pela Central Estadual de Transplante como compatível para um paciente em estado grave que aguardava por um fígado, no topo da fila de espera.

Prontamente, a equipe de transplantes do Acre se deslocou para realizar a cirurgia de captação em Porto Velho, que teve início por volta das 16h, do dia 13.

Porém, a logística aérea era inviável, extremamente desfavorável, devido à falta de voo comercial e à impossibilidade da Força Aérea Brasileira (FAB) naquele momento. Assim, diante de tal dificuldade que inviabilizaria todo o processo, o governo do Acre providenciou o transporte do órgão de Porto Velho para Rio Branco, por intermédio de voo particular com um Cessna 208B Grand Caravan, contratado junto a uma empresa de táxi aéreo.

Imagem: Fundhacre

A equipe e o fígado chegaram no Acre por volta das 20h40 da quinta-feira, 13, e no centro cirúrgico uma segunda equipe já iniciava o procedimento do receptor J.M.S, de 34 anos, internado há duas semanas e aguardando, no topo da fila, por um fígado compatível, devido à gravidade do quadro clínico.

A cirurgia de transplante foi um sucesso e teve fim por volta das 02h30 da sexta, 14. O receptor segue em recuperação, aos cuidados da unidade de terapia intensiva da Fundhacre. Esse é o décimo primeiro transplante de fígado no ano. Desde o início do programa já foram realizados 73 procedimentos.

“O governo, juntamente com a Fundhacre, não mede esforços para que ocorram os transplantes hepáticos, sabendo a importância da sobrevida desses pacientes e a qualidade de vida que o serviço proporciona a cada um deles”, salientou o diretor assistencial Evandro Teixeira.

“Muita alegria em realizar mais um transplante de fígado na nossa unidade. Só temos a agradecer a Deus pelo privilégio de salvar vidas que necessitam por meio do nosso serviço. O transplante é um processo complexo, que envolve as mãos de muitos profissionais. O que mais nos motiva, enquanto equipe, é poder acompanhar a recuperação dos nossos pacientes”, comenta a coordenadora de transplantes, Valéria Monteiro.

“Quando recebi a notícia que meu esposo ia ser transplantado eu não estava aqui, estava em Sena Madureira. Naquele momento eu me ajoelhei e louvei a Deus. Eu nunca senti uma emoção tão grande como naquela noite. Eu creio que agora inicia uma nova vida. Gratidão a cada um. Nossa luta não foi fácil”, celebrou Vanessa Silva de Lima, esposa do receptor do transplante de fígado.

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