Uma mudança radical no pagamento tomou de surpresa milhares de pilotos de três empresas terceirizadas da American Airlines, sendo que duas delas só voam jatos brasileiros da Embraer. A decisão partiu da Envoy Air no sábado (11) e logo foi seguida pela Piedmont. As duas prestam serviços como terceiros utilizando a marca American Eagle.
A frota destas duas empresas é composta exclusivamente de jatos Embraer, dos modelos E145, E170 e E175. Os copilotos destas aeronaves ganhavam em seu primeiro ano $51 dólares por hora e agora irão ganhar $90, já os comandantes tiveram um aumento de $78 para $146, quase o dobro. Este aumento significa um montante no final do ano de $90 mil dólares (R$460 mil) para os copilotos que acabaram de entrar, e de $200 mil (R$1,02 milhões) para os comandantes com uma certa senioridade.
Agora, a PSA Airlines, outra ligada à American, anunciou que também irá pagar este valor a mais para os pilotos, trazendo o número de tripulantes com aumento para 4.500 aproximadamente, segundo reporta o jornal Dallas Morning News.
Com o valor atualizado, a American estará pagando em torno de 6% a mais que a Endeavor Air, da Delta, que era conhecidamente a que pagava melhor os pilotos regionais.
O salário subiu tanto que os pilotos dos jatos Embraer e Mitsubishi (Bombardier) CRJ) agora estarão ganhando 10% a mais que os pilotos dos Airbus, de maior porte, das empresas de ultra-baixo-custo como a Allegiant, Spirit e Frontier, sendo que estas duas últimas estão em processo de fusão.
Por outro lado, a United Airlines, tem sido motivo de brincadeiras jocosas, já que a sua subsidiária Mesa Airlines, anunciou um aumento bem tímido, que é metade do que os pilotos da American Eagle irão ganhar. Alguns pilotos estão falando que a palavra Mesa significa “Makes Envoy Seem Awesome”, que na tradução direta significa “Faz a Envoy ser Incrível”, ironizando que o pagamento baixo deles faz a concorrente parecer o paraíso.
Todo este aumento é para evitar um caos aéreo por falta de pilotos, algo que já era realidade antes da Pandemia nos EUA e foi agravado com o coronavírus. Com os aumentos, é esperado que os pilotos continuem nos menores jatos regionais por mais um tempo, antes de quererem migrar de empresa e voarem os tão desejados Airbus e Boeing.