A cena mais marcante da evacuação do Afeganistão após a saída das tropas americanas, não resultará em nenhum militar responsabilizado.
A decisão gira em torno da tripulação de um avião de transporte militar Boeing C-17 Globemaster III, que enquanto taxiava era seguido de centenas de afegãos tentando fugir do país, num momento em que o Talibã estava prestes a tomar o poder local. Imagens mostraram que, depois da decolagem, várias pessoas caíram do avião, e ao menos cinco morreram. Com os vídeos rodando o mundo, a Força Aérea dos EUA (USAF) abriu uma investigação sobre o caso.
Tal processo foi concluído e divulgado ontem (13), com USAF afirmando que “a tripulação seguiu as regras de engajamento (ROE) e a lei de confltios armados, quando decidiram decolar no meio de uma multidão tumultuosa na pista, matando várias pessoas que tentavam subir no jato”.
Os pilotos do C-17, inclusive, reportaram após a decolagem que não conseguiram retrair por completo os trens de pouso, que mais tarde se revelou ser por causa de pessoas presas no compartimento.
“A tripulação agiu de maneira rápida diante da situação sem precedentes e deterioradas, a fim de garantir a segurança deles mesmos e da aeronave”, afirmou a USAF em nota oficial revelada pelo Air Force Times.
A decisão já era esperada, já que, culturalmente, os EUA não condenam servidores públicos ou cidadãos que reagem a qualquer sinal de ataque iminente, mesmo com uso da força máxima disponível.