O Esquadrão nº 3 da Força Aérea Real da Nova Zelândia está no centro de uma grande conquista na aviação militar: é o lar da primeira equipe feminina a operar o NH90 no país. A frota inclui oito helicópteros NH90, que estão em pleno serviço desde 2015 em missões que vão desde apoio ao campo de batalha, busca e salvamento, até operações anfíbias.
A Tenente-Aviadora (FLTLT) Nicole Brooke, a Oficial-Aviadora (FGOFF) Hayley Vincent e a Sargento-Aviadora (F/S) Jen Hart fazem foram o destaque da missão.
Nos teatros operacionais, onde cada segundo conta, a agilidade é o lema. “Espera-se que as tripulações operem em um ambiente dinâmico e em constante mudança, com voos de treinamento geralmente abrangendo várias disciplinas e regimes de voo”, disse a Tenente-Aviadora Brooke.
Nessas condições, a solidariedade também é um fator-chave para a equipe. A Sargento-Aviadora Hart explica: “Também temos muita sorte por termos uma unidade muito unida, todos amigos uns dos outros, o que nos permite saber como cada um opera e cria grandes eficiências e dinâmica de gerenciamento de recursos da tripulação.”
Inúmeras missões apoiadas pelo NH90
A diversidade das operações da tripulação só contribui para isso: “O que acho mais emocionante neste oficio é a variedade de nosso trabalho e as pessoas com quem trabalhamos”, diz Brooke.
Voar na montanha durante uma missão de busca e salvamento em uma semana, depois voar em uma operação anfíbia em Tokelau ou na região subantártica na próxima e, em seguida, operar com o Exército e unidades policiais em um campo de batalha ou demonstrar capacidade de combate ao terrorismo na próxima: esta são parte das missões do dia-a-dia da equipe.
O 3º Esquadrão reúne aviadores qualificados, capazes de operar em ambientes onde as tripulações recebem um alto nível de confiança e flexibilidade com uma forte cultura de segurança que sustenta a tomada de decisões no ar. Para enfrentar o desafio, eles contam com um grande aliado: o NH90.
Com uma combinação de capacidades, o helicóptero é capaz de executar as diversas missões do esquadrão. Apresentando uma cabine ampla, potência de dois motores, capacidade de autoproteção tática e um sistema antigelo completo, o NH90 é um “burro de carga” comprovado: “Uma saída chave do NH90 é a Contingência Nacional (NATCON), onde uma aeronave e tripulação estão a curto prazo para se mover, pronto para reagir a qualquer tipo de crise doméstica ou evento de emergência. Isso normalmente assume a forma de busca e salvamento ou resposta a desastres naturais domésticos”, diz FLTLT Brooke.
As inundações de Christchurch em 2021 foram uma das missões mais desafiadoras, onde o helicóptero mais uma vez provou sua confiabilidade e versatilidade. A Tenente-Aviadora Brooke relembra: “O alcance, a velocidade e a proteção contra intempéries da aeronave permitiram que a tripulação fosse enviada a Christchurch em tempo hábil. Conseguimos usar o sistema de elevação da aeronave, a automação e a saída de energia para extrair com sucesso vários sobreviventes das enchentes em um ambiente de visão noturna”.
Pioneira aviação militar
Mas para o 3º Esquadrão, o helicóptero também se tornou o emblema de um marco pioneiro: as três mulheres formam a primeira tripulação feminina a voar o NH90 na Nova Zelândia. A equipe realmente se reuniu por acaso: “Fomos programadas para voar juntas quase acidentalmente para uma implantação em um exercício de voo na montanha. Estávamos todas muito contentes com isso e foi nosso amigo e fotógrafo Ned Dawson quem percebeu que esta era provavelmente a primeira tripulação feminina no NH90 na Nova Zelândia”, diz Vincent.
Isso marca um passo importante para a aviação, mas o mais importante, representa um incentivo para considerar todos os membros da frota igualmente, independentemente do gênero. A Tenente-Aviadora Brooke descreve: “Tive uma sorte incrível de ter um curso de voo fantástico e um local de trabalho que nunca me tratou de forma diferente por ser mulher. Enquanto eu estava no ensino médio, que era todo feminino, houve um grande mal-entendido sobre as forças armadas e a aviação. Hoje, no 3º Esquadrão, somos tratadas exatamente da mesma forma que os colegas homens”.
O NH90 – desenvolvido pela parceria NHIndustries da Europa (Airbus Helicopters, Leonardo Helicopters e Fokker Aerostructures) – foi projetado para atender aos requisitos da OTAN para um helicóptero militar multifuncional moderno e de médio porte em operações terrestres e marítimas.
O veículo principal nas versões TTH e NFH é um helicóptero bimotor que incorpora recursos inovadores, como auxílios avançados de voo de missão e um sistema de controle fly-by-wire com piloto automático de 4 eixos, juntamente com sistemas de monitoramento e diagnóstico a bordo.
A fuselagem composta do NH90 tem menos peças e um peso estrutural menor, resultando em 30% a mais de resistência em comparação com uma fuselagem metálica, além de maior resistência a danos de batalha – entre outros benefícios. As pás do rotor compostas têm maior resistência à fadiga, tolerância a danos e vida útil dos componentes, bem como melhor desempenho aerodinâmico.
Versátil e compacto, é pequeno o suficiente para caber no hangar de uma fragata da OTAN, mas com volume de cabine para acomodar 20 soldados totalmente equipados ou um sistema de missão marítima. Sua ampla cabine modular, grandes portas deslizantes em cada lado e rampa traseira o tornam o helicóptero militar mais acessível disponível.
Informações da Airbus
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