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Tudo o que você precisa saber sobre as obras no Aeroporto de Congonhas

As obras  na pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), começaram na manhã desta quarta-feira (5/8), com a retirada do asfalto existente. Com investimento de R$ 11,5 milhões, a intervenção vai exigir o fechamento total da pista por 32 dias devido à complexidade da tecnologia a ser aplicada ao pavimento, conhecida como camada porosa de atrito (CPA). A tecnologia irá proporcionar, entre outros benefícios, uma sensível melhoria da capacidade de drenagem da pista (rápido escoamento da água de chuva), com aumento da aderência do pneu da aeronave ao pavimento e redução da possibilidade de aquaplanagem (hidroplanagem).

Os trabalhos incluem serviços de fresagem do revestimento asfáltico atual, execução de camada estrutural de concreto asfáltico (CBUQ) com grooving na região das cabeceiras; e de camada superficial porosa de atrito (CPA). A técnica CPA não utiliza emendas transversais no pavimento, sendo necessário um trabalho contínuo para seu melhor resultado, evitando-se interrupções.

“A Infraero está aproveitando a queda na movimentação de passageiros e operações, em decorrência da pandemia da Covid-19, para adiantar o calendário de obras da empresa. No caso de Congonhas, a obra faz parte de manutenção periódica e servirá para garantir que aeroporto siga operando em condições normais, especialmente de segurança, pelos próximos 10 anos”, explica o superintendente do aeroporto de Congonhas, João Marcio Jordão.

Todas as ações de planejamento para a obra e para manutenção da segurança das operações foram alinhadas e desenvolvidas com a contribuição das companhias aéreas, Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) e demais stakeholders, como Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), vinculado ao Comando da Aeronáutica, Secretaria de Aviação Civil, do Ministério da Infraestrutura, e Agência Nacional de Aviação Civil.

Período das obras

A decisão de manter as obras entre os meses de agosto e setembro também observa questões meteorológicas. Considerando a baixa incidência de chuvas na capital paulista entre esses meses, a probabilidade de interrupções nas obras da pista também é reduzida.

A Infraero possui expertise na gestão da técnica CPA. Foi adotada no Aeroporto Santos Dumont, há um ano, quando os trabalhos foram concluídos dentro do prazo e executados em menos de um mês, com a restauração de toda a pista.

Detalhes da pista principal

A pista principal do Aeroporto de Congonhas tem 1.940 metros de comprimento e 45 metros de largura e suporta aeronaves de categoria até 4C, que englobam as principais utilizadas pelas companhias aéreas brasileiras, como Boeing 737-800, Airbus A320 e Embraer E195.

Pista auxiliar e outros serviços

A pista auxiliar só poderá receber aeronaves até categoria 3C, tais como o ATR-72 e Caravan, conforme condicionantes estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em conjunto com o aeroporto, empresas aéreas e Decea, que visam a manutenção da segurança das operações durante o período de execução das obras na pista principal.

Além disso, aeronaves de porte maior, como Boeing 737 e Airbus 320 – que estão utilizando o Aeroporto de Congonhas como estacionamento nesse período de redução de voos por conta da pandemia da Covid-19, poderão usar a pista auxiliar para voos de translado, apenas com tripulação, sem transportar passageiros. Serão mantidas todas as exigências de segurança para as operações do aeroporto, como já ocorre, respeitando todos os requisitos regulatórios demandados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Planejamento integrado

Desde o início do ano, a Infraero envolveu todos os stakeholders nas discussões sobre o planejamento das obras na pista do aeroporto de Congonhas.

As companhias aéreas foram ouvidas em todas as etapas de preparação da obra e algumas delas demonstraram interesse em seguir operando na pista auxiliar do aeroporto, atendendo aos requisitos regulatórios para tal operação. Todas ajustaram seu planejamento para oferecer as melhores condições aos seus clientes.

As informações sobre cancelamento, transferência de voos e transporte entre os terminais devem ser obtidas diretamente com cada companhia aérea.

Aeroporto continua aberto durante as obras

Durante o período das obras na pista principal, o Aeroporto de Congonhas continuará funcionando normalmente, das 6h às 23h, assim como seu estacionamento de veículos. As operações aéreas ocorrerão na pista auxiliar e os serviços comerciais funcionarão de acordo as regras de distanciamento e prevenção das autoridades públicas de saúde.

Prevenção à Covid-19

A Infraero ressalta que desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Aeroporto de Congonhas segue operando, sem interrupção na prestação de serviço aeroportuário, conforme as normas do setor. O terminal conta com uma série de medidas para garantir a segurança dos passageiros e empregados no combate ao vírus e que também serão aplicadas aos trabalhadores, durante as obras na pista. Todas elas em consonância com as determinações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de órgãos estaduais e municipais de Saúde.

O aeroporto adotou todos os protocolos de higienização e segurança de passageiros e funcionários. Além disso, a limpeza foi intensificada e a oferta de itens de higiene ampliada. A Infraero reforça ainda a orientação para que as pessoas mantenham distância recomendada pelo Ministério da Saúde entre uma e outra.

Ao passageiro, a orientação é de antes de se deslocar ao aeroporto, verificar diretamente com a companhia aérea se a programação do voo está mantida ou foi alterada.

Áudios sobre os trabalhos

A Infraero disponibiliza nesse link os áudios de dois dos profissionais responsáveis pelas obras. Um deles é o superintendente de Engenharia, Giuliano Capucho; e o outro é o superintendente do Aeroporto de Congonhas, João Márcio Jordão. São verdadeiras aulas sobre o que está acontecendo no aeroporto nesse momento.

Informações da INFRAERO

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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