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Turquia pode voltar para o programa F-35 se desistir da bateria antiaérea russa

A volta de um dos fornecedores originais do caça furtivo F-35 ao programa pode acontecer em breve com aval dos EUA.

Divulgação – Lockheed Martin

A Turquia foi um dos participantes originais do projeto do JSF – Join Strike Fighter, que resultou na criação do Lockheed Martin F-35 Lightning II, o primeiro caça furtivo no mundo multifunção e que também pode decolar e pousar na vertical.

Porém, o país acabou sendo excluído após comprar baterias antiaéreas S400, a mais avançada fabricada pela Rússia, que é inimiga da OTAN, aliança da qual a própria Turquia faz parte.

Desde então, os EUA têm dado um “gelo” na Turquia, mas a situação foi mudando após atritos entre Ancara e Moscou, que incluíram um abate de um avião russo por um F-16 turco, e a situação piorou após a Rússia decidir invadir a Ucrânia, onde a Turquia se tornou um dos principais fornecedores de drones que resultaram na morte de centenas de militares russos.

Com a capacidade militar russa caindo e demonstrando menor do que se esperava, a Turquia não parece estar tão interessada mais nas baterias S400, que segundo os EUA temiam iria rastrear os próprios F-35 turcos e passar informações valiosas para os russos.

A subsecretária do governo americano para assuntos externos, Victoria Nuland, deu um sinal que a Turquia pode voltar ao programa F-35. Em entrevista à CNN Turquia, a diplomata afirmou que se “conseguirmos superar o problema do S400, que é o que queremos, os EUA estarão felizes em receber de volta a Turquia à família F-35“.

Não está claro se os EUA querem que a Turquia devolva ou se desfaça do S400, ou que até os repassem para Washington para estudos aprofundados, algo bastante comum.

Outro ponto a ser levantado é a efetividade real do S400, que não tem sido capaz de impedir que caças ucranianos ataquem com sucesso navios russos estacionados em portos do Mar Negro. Se o sistema não consegue derrubar caças de 4ª geração, pode ser não interessante para a Turquia.

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