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Ucrânia cada vez mais perto de receber caças Mirage 2000 da França

A Ucrânia pode ter em breve seu primeiro caça em delta com a chegada de aviões Mirage vindos de doações da França.

Foto – DepositPhotos

A doação, caso aconteça, será resultado dos acordos alcançados no ano passado entre Volodymyr Zelensky e Emmanuel Macron, nos quais a França já teria começado a formação (de forma não-oficial) de um contingente de pilotos ucranianos no sistema de armas Mirage, há meses, em quatro bases: Nancy-Oche, Mont-de-Morsan, Véliz e Romorantin-Lentenay.

Segundo reporta o portal Aviacionline, uma delegação ucraniana viajou para a França para finalizar os detalhes do acordo para receber um número ainda confidencial de caças Mirage 2000, sendo que o interesse maior de Kyiv é na versão 2000D.

Os Mirage 2000D são a versão de dois assentos do 2000C, que já foi utilizado pela FAB durante um curto período de tempo junto do 2000B. Porém, ao contrário da versão B, utilizada no Brasil para treinamento dos pilotos que iriam voar a versão C, os 2000D são otimizados para voos em baixa altitude e para missões de ataque/apoio ao solo.

Eles podem transportar pods de reconhecimento eletrônico ASTAC, pods de mira IR/CCTV/laser avançados e lançar mísseis de cruzeiro SCALP-EG/Storm Shadow, e bombas de orientação a laser.

A França possui 65 dessas aeronaves, que estão passando por uma modernização de meia-vida para melhorar suas capacidades ar-ar e ar-terra, bem como um sistema de ataque e navegação complementar, tátil e centralizado, que facilitará a comunicação entre o homem e a máquina.

Alguns dos Mirage 2000D franceses foram atualizados com rádios VHF-FM e o sistema de transmissão de vídeo ROVER, que, juntamente com o sistema de enlace de dados Link 16, permitem compartilhar com segurança as informações coletadas pelos pods da aeronave sobre o teatro de operações com os centros de comando ou receber informações das forças amigas em terra.

Essas últimas características devem ser as mais interessantes para a Força Aérea Ucraniana, pois não apenas poderão expandir o número de plataformas capazes de lançar os mísseis de cruzeiro Storm Shadow/Scalp EG (até agora usados pelos Su-24), mas também, graças ao Link 16, poderão receber informações em tempo real dos diversos meios de inteligência implantados pela OTAN para ajudar Kyiv e serão compatíveis com os futuros caças F-16 que receberão de países como Dinamarca ou Países Baixos.

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