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Ultraleve ucraniano é convertido em drone suicida e faz ataque dentro da Rússia

Divulgação – Aeroprakt

A Ucrânia realizou hoje um ataque de profundidade na Rússia, mas utilizando um avião civil transformado em drone suicida. A aeronave em questão é um A-22LS Foxbat, fabricado pela ucraniana Aeroprakt. É uma aeronave desportiva leve (ultraleve), com capacidade para 2 passageiros é equipado com um motor Rotax 912 com 100 cavalos de potência.

Existem vários adicionais para este avião, incluindo flutuadores para pouso na água e gancho para rebocar planadores. Sua velocidade máxima contínua de cruzeiro é de 99 nós, voando por 529 milhas náuticas (929 quilômetros) e pode levar até 310kg de carga.

O avião foi adaptado pelas forças ucranianas para voar sozinho e com explosivos por 1.130 quilômetros, distância da fronteira da Ucrânia com a Rússia até o Alabuga, cidade da República do Tartaristão, que é uma unidade federativa na região central russa e onde está localizada uma fábrica de drones Shahed 136.

Estes drones são iranianos, mas nos últimos meses têm sido fabricados na Rússia, que tem apostado em aeronaves não tripuladas de menor porte para realizar ataques contras tropas da Ucrânia, assim como reduzir o custo de utilização de aviões maiores, tripulados ou não.

O ataque atingiu um dos dormitórios dos empregados da fábrica de drones, ferindo ao menos 12 pessoas. Já um outro ataque atingiu uma refinaria na mesma cidade, não sendo possível confirmar até o momento se foi feito também por um A-22 ou por outro tipo de aeronave ou míssil.

O fato da aeronave voar por mais de mil quilômetros dentro da Rússia sem ser detectada e/ou interceptada, acende um alerta nas defesas aéreas russas, que novamente se provam ineficazes para um país que está em guerra contra um vizinho.

No passado, inclusive, um piloto alemão voou com um Cessna 172 Skyhawk, aeronave de porte similar ao Aeroprakt A-22, e pousou na Praça Vermelha, sede do poder da então União Soviética, como mostra a foto abaixo:

Ele voou da Finlândia até Moscou sem ser interceptado e apenas foi abordado duas horas após o pouso, demonstrando a lenta resposta das autoridades soviéticas, que parece persistir até hoje dado o ataque terrorista recente na capital russa.

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