Um levantamento novo mostra a retração dos aeroportos de Moscou um ano após a invasão russa na Ucrânia.
Utilizando dados da plataforma de rastreamento de voos RadarBox, foi possível traçar a queda de voos nos Aeroportos de Domodedovo e Sheremetyevo, os principais da capital russa. Enquanto maioria dos países ocidentais se recuperam da pandemia, com expansão de voos, Moscou viu o contrário após as sanções contra a Rússia impedirem o uso do espaço aéreo por aeronaves registradas no país ou que tenham como destino alguma cidade russa.
Na semana da invasão, o Aeroporto de Sheremetyevo, principal base da companhia aérea de bandeira Aeroflot e aeroporto mais movimentado da Rússia, mostrava uma forte recuperação de voos, com aumento de 43,77% quanto comparado a 2021.
Um total de 542 movimentos foram contabilizados naquela semana em que Putin decidiu invadir a Ucrânia. O número estava ainda muito abaixo dos mais de 900 pousos e decolagens registrados antes da pandemia, mas bem melhor que 2021 com 377 movimentos.
Já este ano o número caiu 8%, chegando a 497. Em 2022 a queda a partir de março só se acentuou, e chegou a uma média de 21,6% menos voos comerciais em Sheremetyevo. Em Domodedovo, principal sede da S7 Airlines e Ural Airlines, a queda foi menor, de 18%, já que as duas empresas sempre focaram no mercado doméstico.
Hoje, apenas um voo, o Sichuan Airlines Cargo 3721, voa entre Moscou e o ocidente, operado três vezes por semana para Bruxelas pelo Airbus A330F cargueiro da empresa chinesa. De resto, para chegar na Europa ou EUA, os russos precisam fazer escalas em Istambul, Doha ou Dubai, já que a rota não sobrevoa países ocidentais e os governos destes países não sancionaram a Rússia neste sentido.
Sem o fim do conflito à vista, é esperado que os Aeroportos de Moscou continuem com números bem mais baixos que tinham antes da Pandemia do Coronavírus e do ano de 2022.
