Voos regulares da África do Sul para a Suíça levam em torno de 10 horas, mas, no dia 26 de abril, e por vários dias subsequentes, a viagem foi bem mais longa, com quase 3 horas a mais. Tudo isso por causa da crise dos combustíveis que afetou o país sul-africano.
Ao longo de nove dias, o voo LX-283, da Swiss, de Joanesburgo para Zurique, abastecia apenas com uma quantidade limitada de combustível no aeroporto de origem, voava até a capital da Namíbia, Vinduque, ou até Durban, na própria África do Sul, onde enchia o tanque de 204 mil litros do Airbus A340-300, antes de prosseguir para seu destino final.
O voo da Swiss foi apenas um exemplo, mas outros voos para a Europa também foram igualmente afetados. A falta de querosene no aeroporto sul-africano foi atribuído a um problema com um oleoduto.
“A razão para o fornecimento de querosene atualmente limitado em Joanesburgo – que afeta todas as companhias aéreas – é o dano a um oleoduto causado pela tempestade extrema na província costeira sul-africana de KwaZulu-Natal”, explicou um porta-voz do grupo Lufthansa, dono da Swiss.
De fato, a imprensa mundial tem reportado sobre as tempestades e inundações que atingiram duramente KwaZulu-Natal. Mais de 400 pessoas morreram. O porto de Durban, importante para todo o país, e as infra-estruturas da província também foram gravemente afetadas.
APARENTEMENTE RESOLVIDO – As consequências, portanto, puderam ser sentidas em Joanesburgo, na província de Gauteng e no maior aeroporto do país. Os trabalhos para correção e volta à normalidade foram realizados por dias e, hoje, os voos já estão novamente operando em suas rotas diretas, como evidenciam informações de ferramentas de rastreamento de voos.