Um jato privado israelense pousou em Riade, na Arábia Saudita, na manhã de terça-feira (26), marcando a primeira vez que um voo saindo de Israel pousa no reino saudita. A notícia chega um dia após o primeiro voo proveniente da Arábia Saudita pousar em Israel, quando um jato Boeing 737 da emiradense Royal Jet aterrissou no aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv.
Esta é a mais recente iniciativa ligada à melhoria dos laços regionais no Oriente Médio. Acordos para normalizar as relações já foram firmados entre Israel e quatro nações – Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão – desde os Acordos de Abraão de 2020.
Embora ainda não haja voos comerciais entre a Arábia Saudita e Israel, já que os dois estados não compartilham relações oficiais, os voos dessa semana representam um avanço considerável nas relações entre as nações.
#Gravitas | Are Saudi Arabia and Israel going to formalise ties? On Monday, a flight from Riyadh landed in Tel Aviv. On Tuesday, an Israeli jet landed in Riyadh. What are the two countries up to? @palkisu gets you a report @KSAmofaEN @IsraelMFA pic.twitter.com/zjxRpMKgyn
— WION (@WIONews) October 27, 2021
Ao longo da normalização de 2020 dos laços com Bahrein, Sudão, Marrocos e Emirados Árabes Unidos foi a abertura desses espaços aéreos para voos israelenses, juntamente com anúncios de voos diretos para Dubai, Marrocos e Bahrein. Depois, os sauditas passaram a autorizar os voos israelenses sobre seu território.
Antes da abertura do espaço aéreo saudita, os aviões da El Al tiveram que seguir uma rota longa e sinuosa para Mumbai, por exemplo, a fim de evitar o espaço aéreo saudita, adicionando cerca de duas horas à viagem de Tel Aviv e colocando as empresas aéreas israelense em grande desvantagem para os concorrentes, que estão autorizados a voar direto.
Exemplos semelhantes tornam os voos para algumas localidades saindo de Ben-Gurion inviáveis e potencialmente perigosos. Um dos motivos que obrigou a El Al a cancelar voos ao Brasil foi justamente essa volta extra que os aviões precisavam fazer.
Os seguintes países continuam a proibir voos diretos e voos de sobrevoo de e para Israel: Afeganistão, Argélia, Bangladesh, Brunei, Irã, Iraque, Kuwait, Líbano, Líbia, Malásia, Marrocos, Omã, Paquistão, Catar, Arábia Saudita, Somália, Síria, Tunísia, Iêmen.