A única das grandes empresas aéreas dos Estados Unidos que ainda não tem encomendas da família 737 MAX já teve conversas passadas com a Boeing que não resultaram em uma conclusão de acordo para compra dos jatos, porém, as negociações parecem não ter cessado e estariam agora se encaminhando para a frutificação.
Segundo reporta a agência de notícias Reuters nesta sexta-feira, 18 de março, ao menos duas fontes ligadas às negociações afirmam que uma encomenda de até 100 unidades do principal projeto da Boeing está em vias de ser concluída com a Delta Air Lines, com anúncio oficial já no próximo mês.
Mais do que um grande número, o pedido envolveria principalmente a variante 737 MAX 10, a maior da família, o que representaria um reforço importante na luta da Boeing em convencer a agência reguladora dos Estados Unidos (FAA) e o Congresso do país a liberarem a certificação desta versão do jato.
Além disso, o acordo representaria uma reconciliação com a Delta, que na última década esteve muito mais próxima da Airbus, com grandes encomendas dos aviões da europeia, e ainda esteve envolvida na disputa entre Boeing e Bombardier.
A companhia havia encomendado os aviões C-Series da fabricante canadense, porém, a Boeing entrou com ação judicial alegando que o acordo foi com valores abaixo do preço de mercado, prejudicando a concorrência.
A disputa resultou em sobretaxação dos aviões da Bombardier para importação aos Estados Unidos, porém, no fim, a Airbus adquiriu o projeto C-Serie para si e passou a produzir os jatos, agora denominados de A220, em território americano, favorecendo a Delta.
Segundo dados do Planespotters, a frota atual da Delta é composta por:
– 374 aviões Airbus, dos modelos A220 (54 unidades), A319 (57), A320 (57), A321 (127), A330 (55) e A350 (24); e por
– 425 aviões Boeing, dos modelos 737 NG (236), 757 (127) e 767 (62).
