United afirma ter 100 aviões parados por causa da falta de pilotos

Uma das maiores companhias aéreas do mundo, a United Airlines, afirmou ao governo americano que tem 100 aviões parados pela falta de pilotos.

Divulgação – United

A fala foi do CEO da United, Scott Kirby, durante uma audiência no Senado americano sobre os impactos da pandemia na aviação que cobriu a sobrevivência das companhias, salários de funcionários e um ambiente seguro de trabalho.

“Já existia uma onda de falta de pilotos na última década nos EUA, e passando pela COVID, se tornou uma escassez de pilotos real”, afirmou Scott, segundo revelou o MSN, ao apontar que 100 aviões da sua companhia aérea não estão voando porque não existem pilotos para eles.

Não foram detalhados quais modelos de aviões são esses e se incluem a subsidiária regional United Express (teoria mais provável) que é a porta de entrada para os pilotos da companhia, e também o elo mais fraco da malha da empresa.

O problema tem causa simples, mas solução difícil: se tornar piloto em qualquer país do mundo é caro e as exigências para se entrar numa empresa sólida são altas, tornando a profissão pouco atrativa para jovens, principalmente aqueles que querem estabilidade, rotina e retorno mais rápido do dinheiro investido na graduação.

Por um lado, a United mesmo incentiva a formação pelo Aviate, que fecha parcerias com grandes escolas de aviação civil e renomadas universidades com cursos de aviação, para que o recém-formado já saia com um pré-contrato com a companhia aérea.

Já no outro lado, os salários baixos para os pilotos das aéreas regionais/terceirizadas são uma constante reclamação, criando um complexo paradigma.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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