United faz piada sobre o método de embarque no avião da concorrente Southwest

Divulgação – Southwest Airlines

Um dos maiores desafios da empresa Southwest Airlines, reconhecida como precursora do conceito de los-cost, low fare no mundo, é manter os voos cheios e os custos baixos. Isso passa por voar com seus aviões o máximo de tempo possível, agilizando o quanto pode os procedimentos de embarque e desembarque, além de entregar o mínimo de serviços aos clientes e cobrar por tudo o que considerar como “extra”.

É por isso que o processo de embarque é atualmente um motivo de revisão contínua. Hoje, a companhia aérea não tem assentos marcados, apenas três grupos de embarque (A, B e C) e números de embarque. Ambos só dizem quando um passageiro pode embarcar na aeronave. Aqueles que pagam pelo embarque antecipado e os passageiros frequentes embarcam primeiro.

Uma vez a bordo, há livre escolha de assentos. As primeiras filas, assentos na janela e no corredor geralmente são preenchidos primeiro. Os assentos do meio na parte de trás do jato ficam vagos por mais tempo. Isso significa que, quem embarcar no grupo C, corre o risco de ter que sentar no temido assento do meio ou no fundo da aeronave.

Apesar de muitos acharem tudo isso uma vantagem e uma troca justa pelo baixo preço da passagem, a concorrência aproveita para pegar aqueles que querem um pouco mais de conforto. A United Airlines, por exemplo, está tirando sarro da Southwest com uma campanha publicitária (como visto acima, esperar pelo carregamento). 

Ela brinca que as companhias aéreas de baixo custo exigem que você faça o check-in com 24 horas de antecedência para obter uma classe de embarque e um número que permita o embarque antecipado. Enquanto isso, diz que oferece muito mais flexibilidade e poder de escolha aos seus passageiros.

“Era uma vez um passageiro da Southwest que se esqueceu de fazer o check-in exatamente 24 horas antes de seu voo. E acabou no temido grupo de embarque C”, diz o site, que pode ser acessado em notgroupc.com

A Southwest considerou mudar para assentos marcados, mas sempre desiste da ideia, por achar que isso deixa o processo de embarque mais lento e, como consequência, afetará seus voos e receitas.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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