Uruguai está negociando a compra de uma dúzia de caças brasileiros

O Uruguai negocia com o Brasil a compra de uma dúzia de caças de ataque leve A-29 Super Tucano, fabricados pela Embraer. A informação partiu do ministro da Defesa Nacional do Uruguai, Javier García, como apurou o site especializado em aviação militar e defesa Infodefensa.

As aeronaves de segunda mão seriam compradas por um valor estimado de US$ 40 milhões e teriam por objetivo o emprego em missões de patrulha do espaço aéreo, sobretudo de combate ao narcotráfico e atividades ilegais, uma atividade similar a que esse modelo de aeronave possui no Brasil.

Se o negócio for concluído, as aeronaves brasileiras poderiam assumir o posto que até cinco atrás atrás foi do argentino FMA IA-58A Pucará, aposetado em 2017.

No Brasil

O A-29 Super Tucano é uma aeronave monomotor, turboélice, que conta com uma interface homem-máquina avançada, aliando precisão na navegação e ataque a um baixo custo de operação.

Possui iluminação de cabine plenamente compatível com padrões NVG (sigla em inglês para Óculos de Visão Noturna) e sensores de imageamento infravermelho, essenciais nas missões de Apoio Aéreo Aproximado, Controle Aéreo Avançado e Reconhecimento Visual. Além do Joker, os Esquadrões Escorpião (1º/3º GAV), Grifo (2º/3º GAV) e Flecha (3º/3º GAV), sediados, respectivamente, em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS), também operam o A-29.

Em outubro de 2004, três aeronaves A-29 Super Tucano pousavam na então Base Aérea de Natal, atual Ala 10, e chegavam ao Esquadrão Joker (2°/5° GAV) para o início de uma nova era na Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB). À época, o Coronel Fábio Alvarez Lannes era o Comandante do 2°/5° GAV.

Em 18 anos de operação na FAB, o A-29 se fez presente em diversas operações de defesa do espaço aéreo, como nos grandes eventos ocorridos no Brasil, entre eles a Jornada Mundial da Juventude, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos Rio 2016. Além disso, participa da defesa aérea das fronteiras brasileiras e da interceptação de aeronaves ilícitas na região Amazônica.

Em julho de 2015, o A-29 passou a ser a aeronave operada pela Esquadrilha da Fumaça em suas demonstrações, após dois anos de implantação operacional e logística do avião.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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