USAF explica por que avião que rastreia explosões nucleares voou na costa brasileira

No dia 16 de janeiro, um avião absolutamente incomum, da Força Aérea dos Estados (USAF) Unidos, realizou um voo igualmente inesperado por quase toda a Costa Atlântica da América do Sul, contornando o Brasil do Pará até o Rio de Janeiro, antes de retornar à sua base de operações. O voo levantou dúvidas sobre seu motivo, mas tudo foi explicado à equipe do site The Drive, especialista em temas militares.

Aos jornalistas, a USAF informou que usou seu jato Boeing WC-135R “Constant Phoenix” pela primeira vez fora dos Estados Unidos com objetivo de coletar amostras de ar que são usadas para estabelecer como devem ser os níveis de radiação atmosférica em condições normais.

Isso porque as aeronaves “Constant Phoenix” realizam missões para detectar picos de radiação atmosférica inesperados, bem como, coletar dados após testes nucleares ou outros eventos radiológicos e acompanhar a disseminação de material radioativo potencialmente perigoso. O processo ocorre no âmbito do Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares de 1963, que proíbe os signatários de realizar testes de armas nucleares ao ar livre, no espaço e debaixo d’água.

Esta é a primeira implantação da aeronave fora dos Estados Unidos”, confirmou Susan Romano, diretora de Relações Públicas do Centro de Aplicações Técnicas da Força Aérea (AFTAC), ao The Drive em um declaração. “A aeronave foi capaz de carregar mais de 90.000 libras de combustível – o maior reabastecimento ar-ar em carga para o jato desde que começou suas missões.”

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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