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Análise faz comparação entre os E-Jets da Embraer e o Airbus A220 que veio ao Brasil

Na terça-feira (12), A Airbus trouxe ao Brasil um jato do modelo A220-300 com o objetivo de apresentá-lo especialmente à Gol, já que o evento foi realizado no hangar da empresa de cor laranja e contou com grande presença de seu pessoal.

Embora no passado a Gol tenha demonstrado interesse em jatos regionais, esse é um assunto que tem passado longe das apresentações oficiais da empresa aérea nos últimos anos, uma vez que a companhia decidiu focar sua operação em modelos Boeing 737 das gerações NG e MAX.

De qualquer maneira, caso a Gol ou outra empresa que opere no Brasil decida por adquirir jatos regionais, além da Azul que já os tem, as duas escolhas mais óbvias seriam o A220 ou os E-Jets. Desta forma, abaixo está uma comparação entre as aeronaves, onde é possível ver similaridades e diferenças.

Como operadora do Boeing 737, o menor modelo que a Gol operaria seria o MAX 7, que está numa categoria acima dos jatos regionais em termos de capacidade de passageiros, portanto uma aeronave menor, ainda que de outra fabricante (Embraer ou Airbus) faria sentido, se a empresa decidir ampliar seu escopo de atuação.

Os jatos de ambas as fabricantes seriam possíveis. A Embraer tem um avião intermediário (E195 E2) entre os dois modelos de A220 (100 e 300), em termos de capacidade de assentos. De um lado, o jato Embraer voa mais rápido e é mais barato. Enquanto os trunfos da Airbus seriam o maior peso de decolagem (MTOW), que permite mais carga, e o maior alcance.

Todos esses números acima, no entanto, não fazem sentido se olhados individualmente, pois é necessário entender o plano de uma empresa como a Gol e calcular, depois, qual avião consegue trazer mais economia em voo (considerando também as características geográficas e climáticas). No final, são esses números de consumo que levariam a uma decisão.

Em linhas gerais, numa hipotética busca da Gol por aviões regionais, é certo dizer que não haveria um favorito entre E-Jets da Embraer e A220 da Airbus.

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.