Venda de sentenças no Brasil tem relação com jatinho apreendido em Lisboa

A busca e apreensão de um desembargador e seu filho por suposta venda de sentença de soltura de um traficante, está conectada ao jatinho brasileiro preso em Lisboa, segundo concluiu a Polícia Federal do Brasil.

O jato no seu último pouso em Lisboa

O caso começou em 2020, quando um raro jatinho brasileiro, o IAI Westwind de matrícula PP-SDW, foi preso no Aeroporto de Lisboa com R$39 milhões em cocaína.

Uma investigação foi iniciada pelas autoridades brasileiras e portuguesas, que descobriram que uma quadrilha utilizava vários aviões para levar droga para a Europa passando por Portugal. Nos meses seguintes, vários outros jatos foram apreendidos na mesma situação, mostrando que mais de uma quadrilha utilizava esse método.

Após diligências, foi constatado que o empresário Leonardo Costa Nobre e outras pessoas utilizavam o hangar da BHZ Táxi Aéreo no Aeroporto da Pampulha para carregar a aeronave.

Já preso na chamada “Operação Flight Level”, Leonardo teria entrado em contato com o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, de Brasília, que segundo a investigação da Polícia Federal, teria coordenado com seu pai, o desembargador Cândido Ribeiro, um sentença de soltura, que acabou ocorrendo meses depois. O valor pago seria da ordem de R$3,5 milhões de reais.

Até o momento não está claro se outras pessoas da quadrilha de Belo Horizonte foram soltas no possível esquema, e nem se algum juiz estaria envolvido. O jato, porém, continua em Lisboa até hoje.

Com Informações da Polícia Federal e do Jornal da Band (ver matéria abaixo):

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

Veja outras histórias

Avião em pouso por instrumentos voa na direção da torre de...

0
Um Boeing 737 da Southwest acabou arremetendo e passando muito perto da torre de controle do Aeroporto em Nova York.