Dois passageiros de um voo da estatal Uganda Airlines foram presos na última sexta-feira (26), após comercializarem alimentos num voo que partiria com destino a Dubai. Eles foram levados pela polícia ainda durante o embarque sob acusação de importunar o voo. Seu pecado, no entanto, foi realizar a venda de gafanhotos fritos, uma iguaria em seu país. Um vídeo registrou o momento em que o avião é transformado num camelô.
Segundo informações obtidas pela mídia africana, os gafanhotos (“nsenene”) foram autorizados a entrar no avião porque estavam fritos. No entanto, os dois homens deveriam a consumi-los e não vendê-los aos demais passageiros, como estavam fazendo.
Um vídeo feito a bordo mostra o interesse dos demais viajantes pelo petisco.
Tripulantes perceberam a movimentação e acionaram a polícia, que levou os dois homens. Mais tarde, se tornou conhecido que os dois indivíduos são comerciantes em Uganda e vendem acessórios para celulares. Segundo a polícia, eles embarcaram com o especial interesse em fazer um dinheiro extra vendendo os gafanhotos.
O General Katumba Wamala, Ministro de Obras e Transportes de Uganda, fez uma postagem dura no Twitter, em que ordenou que a tripulação da aeronave que permitiu a realização das vendas fosse punida.
Por meio de uma publicação nas redes sociais, a companhia aérea anunciou que “não apoia a venda de comida em seus voos e que o que os dois homens fizeram importunou os demais viajantes”. Além disso, a Uganda Airlines destacou “alguns dos clientes gostam do Nsenene e entende que nesse ano a safra da iguaria foi fraca, por isso a vontade de todos em comer” e que, por conta disso, “está avaliando incluir o Nsenene em seu menu a bordo”.
— Uganda Airlines (@UG_Airlines) November 27, 2021