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Vídeo mostra caça F-5 brasileiro soltando flares acima das nuvens

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Um vídeo divulgado neste final de semana mostra imagens de um caça F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB) soltando flares acima das nuvens em algum local não identificado sobre o Brasil.

Nas interessantes imagens da gravação que você viu acima (caso o vídeo não tenha carregado em seu dispositivo, clique aqui para ver), é possível notar o lançamento dos flares a partir da parte inferior do caça F-5M.

Os flares são um atributo bastante comum na aviação militar como medida de proteção a ataques.

Como a própria FAB descreve, “é um dispositivo de proteção da aeronave contra mísseis guiados por sensores infravermelhos. Esses sensores identificam os pontos quentes da aeronave, como a saída de ar do motor, guiando o míssil até o impacto. Na prática, o míssil passa a perseguir o flare, o qual livra a aeronave de ser abatida.”

Um flare passa por três estágios principais: ignição, liberação e atuação:

Ignição

A maioria dos flares deve ser mantida em um compartimento de armazenamento hermético antes da liberação. Conhecidos como flares pirofóricos, são feitos de materiais especiais que se inflamam quando entram em contato com o ar. Esse é um fator de segurança e conveniência, já que tentar acender um flare dentro da fuselagem e depois liberá-lo pode ser muito arriscado.

No entanto, também existem flares pirotécnicos ao invés de pirofóricos, que oferecem seus próprios benefícios de segurança ao exigir um método de ignição externa, de forma que um vazamento ou furo acidental no compartimento de armazenamento não resultaria em incêndio catastrófico a bordo da aeronave, como ocorreria com um flare pirofórico.

Liberação

Os flares são mais comumente liberados por gravidade a partir de um dispensador dentro da fuselagem da aeronave. Esses dispensadores podem ser programados pelo piloto ou pela equipe de terra para liberar os flares um de cada vez, em intervalos curtos ou intervalos longos, ou em grupos.

Os flares mais usados atualmente são da variedade pirofórica e, portanto, os dispensadores não precisam acender e liberar o flare ao mesmo tempo. No caso do uso do pirotécnico, à medida que ele cai do dispensador, um cordão retira automaticamente uma tampa que cobre sua extremidade. Uma superfície de fricção dentro da tampa se esfrega contra a extremidade do flare e o acende (semelhante a uma cabeça de fósforo na superfície de atrito da caixa de fósforo).

Atuação

Flares queimam a milhares de graus Celsius, o que é muito mais quente que o escapamento de um motor a jato. Os mísseis de infravermelho buscam a região mais quente, acreditando ser o pós-combustor ou o início do escape do motor.

E se você já achou interessante ver o caça F-5 brasileiro emitindo flares e conhecer um pouco mais sobre o funcionamento desse atributo de guerra, saiba que existem aeronaves que lançam muito mais flares, fazendo um verdadeiro show de fogos no céu.

Veja a seguir um vídeo com os grandes aviões militares A400M da Airbus e C-130 Hércules da Lockheed, bem como caças Su-27 da Sukhoi, no qual eles são filmados em demonstrações de lançamento de um grande conjunto de flares de uma só vez:

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