Uma linda gravação de uma operação do clássico McDonnell Douglas MD-11F, quando ainda operava ao Brasil, registrada em vídeo e resgatado recentemente pelo canal Plane Spotter HD Curitiba, traz um efeito muito especial de vórtices e condensações de umidade pelas asas da aeronave, que criou um cenário espetacular.
As imagens abaixo foram capturadas em 2020, quando os aviões MD-11F da Lufthansa Cargo ainda operavam regularmente no Brasil, passando, entre outros, pelo Aeroporto Internacional de Curitiba – Afonso Pena, em São José dos Pinhas (PR), e o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
O movimento giratório visto nas nuvens atrás do MD-11 é um fenômeno que ocorre o tempo todo no voo de qualquer aeronave, porém, que geralmente não conseguimos visualizar.
Sempre que as asas de um avião cortam o ar, elas geram maior pressão em suas superfícies inferiores (intradorso) e menor pressão em suas superfícies superiores (extradorso). Essa diferença faz o ar em maior pressão “escapar” da parte de baixo na ponta da asa para a parte de cima, criando o movimento giratório.
Já as espécies de “fitinhas” brancas, que são constantemente emitidas pelas pontas externas dos flaps de cada asa, são geradas pela umidade do ar que se condensa devido à baixa pressão que existe imediatamente atrás do flap. Basta que a aeronave esteja voando em uma região de alta umidade relativa do ar para que haja a condensação.
Estes dois efeitos, que já costumam ser bastante interessantes de se ver, ficaram ainda mais evidentes e bonitos diante do cenário, que contava com escuras nuvens ao fundo e a iluminação baixa do Sol logo no início da manhã, criando uma silhueta e revelando uma verdadeira pintura para os aficionados por aviação.
A última operação da clássica aeronave nas cores da Lufthansa ocorreu no Brasil em 31 de dezembro de 2020. O modelo foi substituído pelos Boeings 777F, maiores e mais econômicos em relação ao clássico trijato norte-americano.
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