O Aeroporto Internacional de Viracopos encaminhou carta à direção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para cobrar ações, em caráter de emergência, na redução dos tempos de liberação de materiais e volumes que estão nas câmaras frigoríficas do Terminal de Carga do aeroporto.
Hoje, a liberação de carga pela Anvisa leva, em média, 60 dias. Entre os materiais parados nas câmaras frias do terminal estão, por exemplo, insumos farmacêuticos, produtos perecíveis e diversas substâncias químicas para a indústria de cosméticos.
“O acúmulo de mercadorias chegou a tal nível que, para reduzir sobrecargas nos equipamentos e evitar a operação acima da capacidade de armazenamento, a concessionária foi forçada a locar, emergencialmente, contêineres frigoríficos para garantir a refrigeração das mercadorias”, disse o assessor de Assuntos Institucionais de Viracopos, Carlos Alberto Alcântara.
Em setembro do ano passado, Viracopos e a Subcomissão Permanente de Comércio Exterior da Câmara dos Deputados Federais realizaram um evento em conjunto e cobraram medidas da Anvisa para agilizar e dar mais eficiência no trâmite de volumes no aeroporto.
Na ocasião, o órgão federal destinou uma força-tarefa para reduzir o tempo de liberação que chegava a 40 dias, em média. Com o esforço, as mercadorias chegaram a ser liberadas em até dois dias. Após a retirada da força-tarefa pela Anvisa, os atrasos na liberação voltaram a crescer gradativamente, principalmente na chamada linha saúde.
Em trecho da carta enviada à agência, Alcântara relata ainda que os investimentos e os esforços da concessionária para a melhoria dos serviços do Terminal de Cargas têm sido “seriamente comprometidos pelos atrasos crescentes na liberação de cargas pela Anvisa”.