Estivemos conhecendo um pouco dos bastidores de uma das maiores companhia aérea brasileira, em sua sede administrativa que ocupa três andares de um edifício comercial no bairro de Alphaville, em Barueri, na grande São Paulo.
A Azul Linhas Aéreas foi fundada em dezembro de 2008 e, hoje, com uma frota de 125 aeronaves dos modelos ATR-72-600, Embraer E-190/E-195 Airbus A320neo e A330-200, oferece voos para 97 aeroportos brasileiros e 6 destinos internacionais.
Ao chegar à sede da empresa fui recebido pelo relações públicas Fabio Abud, que trabalha na Azul desde 2011. Com muita satisfação Abud me conduziu pelos corredores para me apresentar a sede com suas várias repartições que administram as área de Comunicação e Marketing, Financeiro, Comercial, Jurídico, TudoAzul, Receita, Planejamento de Malha, Azul Viagens, CCO, Operações, Infraestrutura, Compras, TI, RH, Aeroportos, Azul Express Cargo, entre outras áreas. Com toda essa estrutura, um total de 1200 funcionários trabalham na sede da Azul.
Abud destacou que, além da sede da Azul, a companhia conta com dois callcenters, chamados de Azulcenter. Um fica em Belo Horizonte e outro em São Paulo, e, juntos, contam com mais de 800 funcionários. O grande diferencial no atendimento é que são todos contratados da empresa, não há terceirizados. Atualmente a Azul conta com 11 mil “Tripulantes”, como são chamados todos os funcionários da companhia.
Era impossível caminhar mais do que alguns metros sem parar perante os inúmeros quadros que estavam nas paredes, contando um pouco da trajetória da companhia aérea. Alguns me chamaram muita atenção, como por exemplo, a planta do A330 que foi pintado nas cores da bandeira do Brasil. Na sala de Assessoria e Marketing, uma parede chama atenção logo de cara, com quadros que retratam momentos históricos da Azul.
Numa pequena sala, três jovens designers gráficos criavam as novas artes da companhia. Enquanto Caio Bueno, diretor de Arte, concluía a edição da capa da revista de bordo da Azul, os assistentes de criação Vinícius Pereira e Ricardo Ventura criavam o designer das pinturas dos carros da Azul Express Cargo.
Naquela sala, tudo que diz respeito à imagem da empresa é criado: pinturas especiais dos aviões e dos ônibus que deslocam os passageiros de vários pontos estratégicos da grande São Paulo para o Aeroporto Internacional de Viracopos (VCP), propagandas, revista de bordo, além de folhetins que vinculam a marca.
Em uma pequena sala, ficam arquivados todas as ações promovidas pela empresa durante esses nove anos de existência Confesso que fiquei de boca aberta e pude constatar o quanto a Azul evoluiu desde as primeiras campanhas publicitárias, banners, revistas de bordo e kits infantis que eram distribuído a bordo no início de suas operações comerciais. O arquivo é muito rico e conta toda a história da empresa.
Seguimos caminhando pelos corredores e um detalhe me chamou muita atenção. Cada repartição e sala de reuniões tem como nome de batismo siglas com os códigos dos aeroportos onde a empresa tem base operacional. As salas receberam os nomes de VCP, SDU, GIG, GRU, GYN, REC, CNF entre outros.
Conhecemos a sala de gerenciamento de crise da empresa, que é utilizada para o tratamento de situações de crise e emergenciais. É nessa sala onde se realiza o diagnóstico situacional com as informações obtidas no CCO, a fim de orientar a tomada de decisões.
Minha visita já estava acabando, mas não poderia deixar de conhecer o CCO (Centro de Controle Operacional), que fica localizado no 10° andar do prédio e controla todos os voos, incluindo os voos das aeronaves Pilatus, as quais suportam a logística da empresa. São cerca de 900 operações por dia, envolvendo mais de 125 aeronaves das frotas ATR, Embraer e Airbus. A importância do Centro é traduzida na sua missão: manter a operação aérea dentro do que foi planejado, atuando nas contingências de forma a minimizar os impactos aos clientes da empresa.
Fábio Abud fez questão de me mostrar cada área que é controlada no CCO, e informou que existe um segundo CCO idêntico na UNIAZUL em Campinas, utilizado em caso de emergências, falta de energia ou pane no sistema de Alphaville.
Fiquei muito satisfeito com a visita que fiz aos bastidores da Azul Linhas Aéreas, sugerindo inclusive que a empresa abra suas portas, seguindo alguns exemplos de companhias áreas americanas que convidam jornalistas e entusiastas para conhecer como realmente funciona uma empresa aérea.