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Voando no moderno e novíssimo Airbus A350 da Air France, da França ao Brasil

O AEROIN embarcou numa das mais modernas aeronaves da Air France em um voo saindo de Paris e esta experiência é contada a seguir em detalhes.

Foto por Clément Alloing

Após a ida a Amsterdã com a KLM, o retorno do AEROIN ao Brasil se deu numa noite de domingo, dando a preferência aos voos noturnos e ao fato de que os voos diurnos do grupo Air France-KLM para São Paulo/Guarulhos são realizados com o Boeing 777, já voado no trecho de ida, enquanto o voo diário noturno de Paris é feito com o novíssimo Airbus A350-900XWB.

O embarque no A350 se deu após um curto voo da capital da Holanda para a capital da França, que foi realizado com um Airbus A321ceo e incluiu serviço de bordo de sanduíches.

O voo AF454 para o Brasil é um dos últimos a sair do Aeroporto Charles de Gaulle (CDG) em Paris. Foi notável a tranquilidade do aeroporto parisiense à noite ao chegar no portão de embarque, acompanhado do staff da Air France, que fez questão de garantir que a conexão do AEROIN fosse feita no tempo hábil.

Ao contrário dos aeroportos brasileiros e americanos, que possuem forte movimentação de voos internacionais à noite, em CDG havia apenas três voos da Air France saindo do 2E: para São Paulo, para as Ilhas Maurício e para Tóquio.

Embarcando

Dos três voos citados acima, apenas o para o Brasil era realizado pelo A350XWB. A aeronave alocada foi a de matrícula F-HTYP e batizada em nome da cidade de Lille. Este jato foi entregue diretamente da Airbus para a Air France em abril do ano passado e ainda cheirava a novo após quase um ano de operações.

Em todas as aeronaves da Air France, na entrada são disponibilizados máscaras e álcool em gel, mesmo não sendo mais obrigatório na França e tendo acabado de cair a restrição no Brasil.

Ao chegar no assento, fica notável a diferença para outras aeronaves, a começar pela grande tela e o estofado, que tem uma textura diferente e mais confortável. São disponibilizados para cada passageiro uma manta e um fone de ouvidos que fica preso à cabeça, não sendo apenas um fone de lados independentes com fios, o que dá um pouco mais de conforto e isolamento.

O embarque foi finalizado no horário e os comissários informaram que a equipe de tripulantes estava disponível para ajudar, falando, além do francês, o inglês, português, alemão e italiano, assim atendendo praticamente todos no voo em sua língua nativa.

O assento ao lado estava vazio, tendo sido possível desfrutar de maior espaço na Econômica regular, que tem assentos na disposição 3-3-3.

Nesta aeronave, a Econômica Premium tem uma disposição interessante de 2-4-2, mas com assentos realmente diferentes, não apenas um espaço extra para as pernas, podendo valer o upgrade.

Logo após a decolagem, as cores da França tomaram a aeronave num clima relaxante, antecedendo o serviço de bordo. O A350XWB é bastante silencioso e suas grandes janelas fazem o voo ser ainda mais tranquilo.

Serviço de bordo e experiência de voo

No jantar foram oferecidos uma opção vegetariana de massas ou um frango com champignon e purê de batata. Essa foi a escolha da noite, acompanhado de champagne, algo raro na classe econômica nos dias atuais. Além destes, havia uma salada, pão, queijo, manteiga e um doce de sobremesa, tudo na medida certa.

Navegando no sistema de entretenimento, o grande destaque para quem gosta de aviação fica para as duas câmeras externas com acesso livre durante todo o voo: uma na barriga e outra na cauda da aeronave.

A seleção de filmes aparenta ser um pouco maior do que a da KLM, principalmente pelo fato do cinema francês ser maior e mais tradicional que o holandês, contando com bastantes produções nacionais. Do cinema estrangeiro ficou o destaque pela saga completa da franquia Velozes e Furiosos e da trilogia Bourne.

O silêncio na aeronave contribui para um sono tranquilo, que foi interrompido quando a aeronave já estava no Nordeste do Brasil, para o início do serviço de café da manhã.

O café da manhã foi servido numa espécie de lunch box de papelão, com uma bela apresentação. Nela estavam um pão, um bolo (torta) de tomate, queijos, manteiga, uma maçã, um iogurte e um suco de laranja em caixinha. A única falta foi o tradicional Croissant, mas o café em si é bastante reforçado.

De volta ao lar

A chegada em São Paulo se deu no horário e, apesar de ser um momento de grande movimento no Aeroporto Internacional de Guarulhos, não houve necessidade de órbitas. Foi possível acompanhar o pouso pelas câmeras externas da aeronave, como mostrado no segundo dos dois vídeos a seguir, dando outra sensação sobre a aproximação:

No geral, a experiência de voar no Airbus A350 surpreendeu mais que no próprio Boeing 787, que é o concorrente direto da aeronave e também foi um marco para a indústria aeronáutica. Os detalhes no voo da Air France valorizaram o avião e tornam a experiência ainda mais agradável.

O AEROIN viajou de Amsterdã a São Paulo via Paris a convite do Grupo Air France-KLM