Uma opção um tanto quanto diferente para cruzar o Oceano Atlântico voltou a estar disponível: fazer o trajeto em voos comerciais apenas com aviões turboélices. Enquanto nos voos diretos o trajeto entre a Europa e os EUA dura de 7h a 9h a depender dos ventos, e obviamente das cidades de origem e destino, existe uma opção mais “rústica” que dura 25 horas e meia.
Por €4.300 euros (R$22 mil) você voa de Munique para Nova York apenas com aviões turboélices, tudo isso graças a última peça do quebra-cabeça que foi colocada pela Air Greenland, tornando viável esse roteiro elaborado pelo portal AeroTelegraph.
A empresa de bandeira da Groenlândia a partir do ano que vem voltará a voar de Nuuk para Iqaluit com o turboélice De Havilland Canada DHC-8-200 (Dash 8 Q200). Com isso, a “ponte” se fecha entre os dois continentes apenas com aviões turboélices. Já tinha 11 anos que a Air Greenland não fazia mais esta rota, deixando este roteiro impossível.
Veja como ela irá funcionar:
O primeiro voo parte de Munique para Luxemburgo, de lá a viagem continua para Hamburgo. Ambos os voos são operados pela Luxair com o seu Dash 8 Q400. Em seguida, você voa com a Wideroe para Bergen também com o Q400, seguindo depois para o Aeroporto de Vágar, nas Ilhas Faroé. Os dois próximos voos, operados pela Icelandair com o Q200 e Q400, levam das Ilhas Faroé, passando por Reykjavik, até Nuuk, na Groenlândia.
Segue-se o novo voo da Air Greenland com o DHC 8-200 com 37 lugares de Nuuk, na costa oeste da Groenlândia, para Iqaluit, no nordeste do Canadá, que tem uma temperatura média anual de -9,7 graus. O próximo voo é operado pela Canadian North. Em cerca de 1 hora e 45 minutos, você chega a Puvirnituq em um ATR 42-300.
De Puvirnituq, é possível, graças à Air Inuit, chegar a Montreal em um dia, em quatro voos. As escalas são Inukjuak, Umiujaq e Kuujjuarapik. A Air Inuit, que recentemente se desfez do último Boeing 737-200, opera agora todos os voos com o De Havilland Canada Dash 8-300 (Q300).
Da maior cidade da província canadense de Quebec, você voa com a Porter Airlines em um Q400 para Halifax. De lá, continua voando com a Jazz Aviation, que opera rotas regionais em nome da Air Canada, para Boston. De Boston para Nova York, há inúmeras conexões, mas nenhuma com turboélices.
Portanto, é necessário fazer um pequeno voo até a famosa ilha dos ricaços de Martha’s Vineyard, em Massachusetts. A rota é operada pela Cape Air em uma Cessna 402 com capacidade para nove pessoas. A última etapa para o Aeroporto JFK é novamente realizada pela Cape Air com o mesmo avião, que é o único do trajeto que não é turboélice, e sim com motor a pistão 4 tempos com turbocharger.
Por volta do meio-dia, após 10 dias, você pousa no Aeroporto JFK de Nova York.
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