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Um voo da Air France causou grande polêmica naquele país neste final de semana depois que a companhia aérea não manteve distanciamento entre passageiros durante o embarque e a viagem.
Enquanto o Diretor Geral de Saúde do país, Jérôme Salomon, destaca a todos os cidadãos a necessidade de manter o isolamento social, agora ampliado até o meio de maio, a empresa aérea de bandeira do país segue voando aparentemente sem uma dedicação mais efetiva ao combate da transmissão da COVID-19.
Segundo a mídia francesa, a polêmica ocorreu no sábado, 18 de abril, na rota de Paris até Marselha. O voo de número AF-6008 tem sido realizado diariamente pela Air France e, no caso do final de semana, foi feito com uma aeronave Airbus A318, conforme dados do FlightRadar24:
Imagens gravadas a bordo mostram que o uso de máscaras não foi definido como obrigatório no voo, já que muitos passageiros são vistos sem a barreira facial:
Segundo a mídia local, a Air France justifica que não tomou medidas de distanciamento social a bordo porque o ar da cabine é renovado a cada três minutos, sendo tratado e reciclado por filtros idênticos aos usados nas salas de cirurgias, e que também tem fornecido álcool gel para os tripulantes.
Entretanto, vale destacar que a transmissão da COVID-19 não ocorre apenas pelo ar. Se uma pessoa com o coronavírus contaminar, por exemplo, suas mãos ao tocar seu nariz ou boca, ela passará a contaminar qualquer local que tiver contato, como bagageiros, assentos, apoios de braço, etc.
A partir daí, todo passageiro que tocar as mãos nesses mesmos locais e depois levá-las à boca, nariz ou olhos estará se contaminando com a doença. Adicionalmente, a ar que uma pessoa expira chegará a uma pessoa logo ao lado imediatamente, antes de haver tempo para ser sugado pelo sistema de reciclagem.
Ou seja, o sistema de filtragem das aeronaves de fato é muito eficiente na limpeza do ar a bordo, mas previne somente uma parcela limitada das formas de contágio de uma doença viral.
A França já contabilizava mais de 19 mil mortes por COVID-19 até o final de semana, e a população local parece não estar satisfeita com a ideia do risco de ampliação de contágio a bordo de um voo.
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