Voo decola 12 horas mais cedo, mas chega no horário devido a escala inesperada de 11 horas

Airbus A380 Qantas
Imagem: Alan Wilson, via Wikimedia Commons

Os passageiros de um Airbus A380 da Qantas tiveram que esperar por 11 horas em uma escala técnica em Cingapura, depois que o aeroporto Londres (Heathrow) limitou a circulação de pessoas ao máximo de 100 mil por dia. A companhia australiana reorganizou a operação de diversos voos para atender às exigências do terminal britânico, o que tem causado transtornos aos usuários.

A aérea decidiu remarcar voos que partiam do aeroporto do Reino Unido na semana passada. Entre os afetados, o voo QF-2 na rota Londres – Cingapura – Sydney partiu nove horas mais cedo do que o habitual, às 12h de terça-feira, 19 de julho. O embarque também foi realizado no terminal 4, em vez do tradicional 3, troca necessária para evitar o horário de pico no local.

O problema, no entanto, ocorreu na escala na cidade estado do sul da Ásia. Os passageiros do gigante A380 precisaram aguardar 11 horas na escala para que a chegada ocorresse no horário previsto em Sidney. O slot do voo não pôde ser alterado na maior cidade australiana, obrigando todos a esperarem.

A Qantas pagou por refeições e hospedagem dos viajantes, o que gerou reclamações da transportadora contra o aeroporto britânico, pelos custos adicionais, já que não havia possibilidade de utilizar voos alternativos.  

“Como todas as companhias aéreas, estamos desapontados com a decisão do aeroporto de Heathrow de reduzir repentinamente a capacidade de passageiros e estamos fazendo tudo ao nosso alcance para minimizar o impacto em nossos clientes”, disse um porta-voz da Qantas ao portal australiano Executive Traveler.

No domingo, 24, um outro voo partiu da capital do Reino Unido com destino a Perth, na Austrália, com três horas de atraso para reduzir o número de passageiros no piso de embarque. Apesar dos problemas, a companhia não cogita, por enquanto, reduzir as operações para o maior aeroporto inglês.

“Conseguimos negociar uma solução que, embora não seja perfeita, levará nossos clientes aonde quiserem. Continuamos a trabalhar com o Heathrow para melhorar esta situação”, disse a companhia, em nota oficial.

O aeroporto de Heathrow tem enfrentado sérios problemas de falta de pessoal, enquanto é acusado de ter demitido milhares de pessoas durante a pandemia, mas não ter se preparado para a alta temporada de verão, quando a procura por voos tem batido recordes. Segundo o aeroporto, não há muito o que fazer senão tomar decisões difíceis e esperar esse período passar.

Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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