Um voo da companhia aérea árabe Emirates, que conectaria a Cidade do México a Dubai na última segunda-feira, 10 de fevereiro, com escala em Barcelona, teve que retornar ao aeroporto mexicano após ser proibido de adentrar o espaço aéreo dos Estados Unidos.

O voo de número EK256 era operado pelo Boeing B777-200LR registrado sob a matrícula A6-EWB, e havia decolado e voado normalmente antes de entrar no espaço aéreo norte-americano ao longo da costa da Louisiana.
Então, ao se aproximar da costa através do Golfo do México, a tripulação teve que interromper a continuidade do voo. Foi iniciado um padrão de espera no nível de voo FL350, que durou cerca de uma hora e meia, totalizando 9 órbitas, conforme dados do FlightRadar24.

Passageiro na lista negra
Segundo o On The Wings of Aviation, o motivo teria sido que o avião não obteve autorização para voar no espaço aéreo dos EUA porque uma pessoa a bordo fazia para da chamada “no-fly list” (lista de não-voo) dos americanos.
Esta lista é preparada e controlada pelo Centro de Detecção de Terroristas dos Estados Unidos (TSC), e proíbe viagens aéreas no espaço aéreo dos EUA para qualquer pessoa considerada potencialmente perigosa para o país. Atualmente, esta lista é composta por mais de 100.000 pessoas de todo o mundo.
Devido à impossibilidade de voar sobre o espaço aéreo e de cumprir uma rota alternativa com a quantidade de combustível disponível nos tanques, o avião retornou à Cidade do México para desembarcar o passageiro.
No entanto, já tendo voado por 5 horas desde a decolagem até o retorno, a tripulação não estava mais com tempo de jornada disponível para o voo completo, conforme previsto em lei. Então o voo teve que ser cancelado e os passageiros foram alojados em um hotel. A continuidade do voo se deu no mesmo avião no dia seguinte, 11 de fevereiro.
A operação da Emirates na Cidade do México é bem recente, mas passou por uma longa novela até ser iniciada. Confira nas matérias a seguir os detalhes dessa enrolada história: