Voo extra com avião de 375 lugares trará mais brasileiros expulsos dos EUA

Foto de Carlos Vaz via Wikimedia Commons

Nos últimos dias, novos voos de repatriação para brasileiros retidos na fronteira dos Estados Unidos foram programados para o mês de agosto e reportados pelo AEROIN, com base nas respectivas autorizações. Tais voos, planejados para serem operados com aeronaves Boeing 737, agora serão acompanhados de mais um, feito com um avião maior.

Conforme passou a constar da relação de operações autorizadas da ANAC, além dos aviões citados acima, também será destacado para o traslado dos brasileiros um Boeing 767-300ER da Omni Air International, empresa de fretamento que mantém grandes contratos com o governo americano, principalmente com o Departamento de Defesa.

A aeronave da Omni tem capacidade para 375 passageiros e o voo tem como destino, novamente, o aeroporto internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A programação, conforme consta, é a seguinte:

10 DE AGOSTO – Decola de Yuma, no Arizona, para aterrissar doze horas depois, às 20h, no aeroporto que serve á capital mineira. O número do voo é o OAE-181.

11 DE AGOSTO – O retorno acontece às 10h30, com a aeronave retornando a Yuma, uma área próxima da fronteira dos EUA com o México e local onde os detidos ficam aguardando por seus voos de repatriação.

Os voos

Desde que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instituiu os voos de deportação dos estrangeiros que tentavam ingresso ilegal em território americano, as operações jamais deixaram de acontecer. Mesmo depois que Joe Biden assumiu a Casa Branca, a prática seguiu firme, embora muitos esperassem que fosse diminuir de intensidade ou mesmo cessar.

Esses voos, que são operados às custas do próprio governo americano, têm por destinos os mais variados pontos da América Latina, devolvendo aos seus países homens, mulheres e crianças que tentaram entrar ilegalmente nos EUA e acabaram retidos na fronteira. Nessa contagem de expulsos, um grande número de brasileiros está incluído.

Ao longo dos anos, já foram dezenas de voos partindo de áreas de fronteira nos EUA para o Brasil. Os passageiros viajam algemados aos assentos por motivos de segurança e, na chegada, são entregues à Polícia Federal no aeroporto mineiro para fins de triagem.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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