Voos da Emirates ao Brasil seguem mais longos e terão que desviar do Sudão por mais um tempo

O Sudão manterá seu espaço aéreo fechado para todos os voos, exceto humanitários, pelo menos até o final de maio, informou a televisão Al Arabiya. Isso significa que todas as rotas que antes cruzavam o país seguirão sendo desviadas.

Esse é o caso dos voos diários da Emirates na rota entre Dubai e São Paulo, que têm sido desviados pelo sul do país em conflito e, assim, demorando até 30 minutos a mais.

A situação no Sudão se agravou em abril em meio a desentendimentos entre o chefe do exército, Abdel Fattah al-Burhan, que também dirige o Conselho de Soberania, e o chefe das Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares, Mohamed Hamdan Dagalo (conhecido como Hemedti), que é vice de al-Burhan no conselho.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse em 11 de maio que mais de 154.000 pessoas fugiram do Sudão e cerca de 700.000 se tornaram refugiados internos como resultado do conflito armado.

Os principais pontos de discórdia entre as duas organizações militares dizem respeito ao cronograma e métodos para unificar as forças armadas do Sudão, bem como quem deve ser nomeado comandante-em-chefe do exército: um oficial militar de carreira, que é sempre a opção preferida de Burhan, ou um presidente civil eleito, como insiste Dagalo.

Em 15 de abril, confrontos armados entre as facções militares rivais eclodiram perto de uma base militar em Merowe e na capital. Mais de 600 pessoas foram mortas no país desde o início dos combates, segundo o Ministério da Saúde.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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