Voos de troca de prisioneiros aterrissam ao mesmo tempo no Iêmen e na Arábia Saudita

Nesta sexta-feira, quase 900 detidos foram libertados e trocados entre os lados envolvidos no conflito no Iêmen. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que os primeiros voos de intercâmbio pousaram em Aden e em Sanaa, transportando um total de 160 pessoas. O processo de troca de prisioneiros é visto como uma importante medida para aumentar a confiança entre as partes em conflito.

Segundo a imprensa internacional, o enviado da ONU ao Iêmen, Hans Grundberg, disse que “essa operação de libertação é um lembrete de que o diálogo construtivo e os compromissos mútuos são ferramentas poderosas para alcançar grandes resultados”. O acordo de libertação, estabelecido na Suíça no mês passado foi alcançado durante 10 dias de negociações entre as partes em conflito.

A Cruz Vermelha disse que aviões usados ​​para o transporte serão usados ​​para transferir os detidos libertados entre seis cidades no Iêmen e na Arábia Saudita. O conflito no Iêmen, que já causou a morte de milhares de pessoas e deixou milhões passando fome, é visto como uma guerra por procuração entre a Arábia Saudita (pró-governo do Iêmen) e o Irã (que apoia os rebeldes Houthis).

No entanto, as partes concordaram em restaurar os laços diplomáticos rompidos em 2016, aumentando assim as esperanças de que um acordo de paz seja alcançado.

O diretor regional da Cruz Vermelha, Fabrizio Carboni, disse que a organização deseja que essas libertações possam impulsionar a busca por uma solução política mais ampla. A coalizão liderada por Riad interveio no Iêmen em 2015, após os Houthis, apoiados pelo Irã, derrubarem o governo em 2014.

Os esforços de paz mais recentes foram os últimos de uma série de reuniões que levaram à libertação de prisioneiros em 2022 e 2020 sob um acordo de Estocolmo.