O Aeroporto de Wuhan Tianhe está reabrindo oficialmente para voos regulares de passageiros depois de fechado por quase dois meses e meio devido ao surto de Coronavírus.
O aeroporto na província de Hubei, no centro da China, foi forçado a encerrar as operações em 23 de janeiro, quando o governo implementou um estrito bloqueio em Wuhan e na região circundante.
Nenhum viajante foi autorizado a entrar ou sair da província durante todo esse tempo, que agora foi oficialmente encerrado. Outras cidades da província já haviam retomado voos na semana passada, mas Wuhan permanecia fechada até hoje.
Segundo a mídia chinesa, às 7h19 (horário local) na manhã desta quarta-feira (08), o voo de número MF-8095 da Xiamen Air se tornou o primeiro serviço comercial regular de passageiros a chegar ao Aeroporto Internacional Tianhe.
A aeronave foi recebida pelo tradicional batismo de jatos de água dos caminhões de bombeiros, prática sempre utilizada no mundo todo em ocasiões de voos especiais. O momento foi gravado no pátio do aeroporto:
Hello Wuhan!
— ChinaAviationReview (@ChinaAvReview) April 8, 2020
Wuhan Airport reopened today to regular passengers as the lockdown ban lifted. Xiamen Airlines MF8095 was the first flight arriving the city.
The city, once epicenter, recovered from COVID-19 after 76 days lockdown. pic.twitter.com/whyAinv23q
A reabertura marca o fim das medidas da China para fechar a cidade onde a doença de Coronavírus (Covid-19) foi identificada pela primeira vez. Embora agora seja permitido que as aeronaves transitem normalmente de e para Wuhan, o aeroporto receberá apenas uma atividade reduzida de voos.
Enquanto a epidemia de Covid-19 termina na China – pelo menos de acordo com os números de seu regime – outros lugares do mundo estão apenas começando a sentir o impacto dessa crise em andamento.
Espera-se que a situação tenha um impacto de longo prazo na economia global e, especialmente, no setor de aviação. Governos de vários países prometeram bilhões de dólares em fundos de resgate para empresas – principalmente no setor de aviação – para evitar o colapso de suas economias.
Enquanto isso, as maiores companhias aéreas da China continental são de propriedade do Estado e, portanto, não têm muito com que se preocupar financeiramente. E até mesmo o maior conglomerado de companhias aéreas privadas do país, o HNA Group, foi nacionalizado nesse período de crise.
