A aérea francesa XL Airways suspendeu as operações hoje (30), e o governo da França acredita que um favorecimento à Norwegian contribuiu para isto.
No último dia 19 a empresa já tinha suspendido a venda de passagens, e anunciou há pouco que irá suspender as operações de hoje até o dia 3 de outubro, próxima quinta-feira.
Porém, seguindo a tendência das finadas deste ano, como a Avianca Brasil, Jet Airways, Thomas Cook, Aigle Azur e Adria Airways, esse deve ser o primeiro passo da falência.
Ao entrar no site da XL Airways o passageiro é direcionado para a página de notícias da empresa, onde é orientado sobre comprar um novo bilhete e preencher um formulário para procurar ressarcimento junto à corte francesa.
A empresa também aponta que as concorrentes Air France, Air Austral, Corsair e FrenchBee estão oferecendo tarifas promocionais para ajudar os passageiros prejudicados pela paralisia da XL.
Governo francês acusa Norwegian
O Ministro de Finanças (Economia) da França, Bruno Le Maire, disse no domingo que os subsídios do governo noruguês para a low-cost nacional, a Norwegian Air, promoveram uma concorrência desleal que acabou com a XL.
“A Norwegian Air está abaixando os preços enquanto está endividada, e recebendo fundos públicos da Noruega. Isso é algo que eu não posso aceitar porque as regras de competição devem ser as mesmas para todos. Eu irei à Comissão Européia nesta semana para dizer que eles devem arrumar isso”, afirmou Bruno.
A aérea norueguesa, por sua parte, afirmou que nunca recebeu dinheiro público ou incentivo fiscal através de subsídios. O governo da Noruega ainda não comentou sobre o assunto.
Apesar de estar fora da União Européia, a Noruega é parte do Espaço Econômico Europeu e deve seguir certas regras econômicas da UE.
Não é novidade que a Norwegian está em uma fase ruim: o prejuízo com a paralisia do Boeing 737 MAX afeta muito a companhia, segundo o seu CEO. As bases espanholas de tripulantes, como Palma de Mallorca, Tenerife Sul e Gran Canária. serão fechadas, e Madri corre o risco de entrar na lista.
Ao renegociar dívidas e trazer liquidez no início do ano, a companhia norueguesa capitalizou US$330 milhões de dólares junto ao banco DNB, que é 34% estatal.
Com informações da Reuters e FlightGlobal
