A ZeroAvia, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas de propulsão baseados em hidrogênio e eletricidade para aviação, anunciou que acaba de receber novos investimentos de cerca de 35 milhões de dólares da United Airlines e Alaska Air Group.
Por meio desse acordo, as companhias aéreas norte-americanas anteciparam um pedido firme de 50 motores ZA2000-RJ e a opção de mais 50, movidos a eletricidade e hidrogênio e não emitem CO₂.
Conforme relata o site parceiro Aviacionline, a rodada de financiamento da United Airlines e do grupo Alaska Air chegou a US$ 115 milhões, que serão usados para desenvolver soluções sustentáveis para aeronaves turboélice de 40 a 80 assentos até 2026 e para aeronaves regionais em 2028.
Após o acordo, Val Miftakhov, CEO e fundador da ZeroAvia, declarou: “Estamos muito entusiasmados em receber nossos novos investidores, incluindo uma das maiores companhias aéreas do mundo, a United, para a família ZeroAvia. Enquanto nos preparamos para os testes de solo e voo de nosso primeiro produto comercialmente planejado nas próximas semanas, este apoio de nossos investidores nos permitirá acelerar a entrega de nosso motor para aeronaves maiores.”
Nas últimas semanas, a ZeroAvia recebeu apoio financeiro de várias empresas relacionadas ao setor, incluindo Hindustan Aeronautics Limited, ASL Aviation Holdings, a divisão de Jatos Regionais da Mitsubishi Heavy Industries e o aeroporto de Rotterdam-Haia, na Holanda.
Scott Kirby, CEO da United Airlines, disse que “os motores elétricos a hidrogênio são um dos caminhos mais promissores para viagens aéreas com emissão zero para aeronaves menores, e esse investimento manterá a United na vanguarda dessa importante tecnologia emergente. Continuamos em busca de oportunidades não apenas para promover nossas próprias iniciativas de sustentabilidade, mas também para identificar e apoiar tecnologias e soluções que toda a indústria pode adotar”.
ZeroAvia está atualmente fazendo progresso com seu sistema de propulsão de hidrogênio e eletricidade para aeronaves de 10-20 lugares com um alcance de 500 milhas. Esses motores podem ser instalados em aeronaves operacionais de passageiros, de carga ou agrícolas, entre outras. O empreendimento já conta com a certificação experimental para seus dois protótipos de aeronaves, tanto pela Federal Aviation Administration (FAA), dos Estados Unidos, quanto pela Civil Aviation Authority (CAA), do Reino Unido.
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