Caças da Força Aérea Brasileira farão patrulhamento do espaço aéreo carioca na próxima semana em decorrência da reunião do G20.
Nos dias 18 e 19 de novembro o Brasil sediará a cúpula do G20, evento que reunirá as lideranças dos 19 países-membros, mais a União Africana e a União Europeia, e representantes de organizações internacionais na cidade do Rio de Janeiro (RJ). As reuniões serão conduzidas no Museu de Arte Moderna (MAM).
Para garantir a segurança durante a Reunião da Cúpula dos Líderes do G20, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), emitiu a Circular de Informação Aeronáutica (AIC) 28/24 que define restrições e procedimentos específicos para o período do G20. O documento publicado é baseado em experiências bem-sucedidas utilizando um conceito e uma estrutura militar em um evento civil.
A AIC segue o planejamento semelhante ao utilizado na Cúpula do BRICS 2019, Copa América de 2019, Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, Copa do Mundo de Futebol FIFA Brasil 2014, Copa das Confederações de Futebol FIFA Brasil 2013 e Jornada Mundial da Juventude Católica Rio 2013. O DECEA irá atuar ativamente durante evento, desempenhando um papel fundamental no contexto da coordenação das operações aéreas.
Já o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é responsável por planejar, coordenar, executar e controlar as ações de Força Aérea necessárias para manter o controle e a defesa aeroespaciais na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) criada para contribuir com a segurança da Operação G20.
O espaço aéreo terá regras especiais durante o período da Cúpula do G20, com restrições para sobrevoo na cidade do Rio de Janeiro. Serão ativadas quatro áreas de restrição: Branca (reservada), Amarela (restrita) e Vermelha (proibida), com diferentes procedimentos para cada uma delas. Além dessas, há também a área de Supressão, que compreende o perímetro de hospedagem das delegações presentes no evento. As áreas também contribuem para a efetiva pronta resposta da Defesa Aeroespacial diante de uma ameaça.
As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas para a Área Branca serão classificadas como suspeitas e estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA). Serão consideradas hostis as aeronaves não identificadas e aquelas que, mesmo autorizadas a voar na Área Branca, modificarem suas rotas sem autorização ingressando nas Áreas Amarela, Vermelha e de Supressão.
Durante o período de ativação das áreas, que compreende da 00h do dia 17/11 às 23h59 de 20/11, as aeronaves que desrespeitarem as restrições e proibições estarão sujeitas à intervenção, persuasão e destruição previstas nas MPEA.
ara o Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, estas restrições ocorrem em função da necessidade de prover segurança durante o evento. “Essa coordenação visa garantir que as operações ocorram com segurança e eficiência, minimizando riscos e garantindo a pronta resposta para o bom andamento do evento. A segurança de todos os envolvidos e a preocupação constante em reduzir os impactos operacionais para os usuários do espaço aéreo nortearam a localização, o tamanho e os níveis de acesso das referidas áreas”, afirmou.
Mesmo com as restrições na circulação aérea e o tráfego aéreo decorrente do fluxo de delegações, autoridades e Chefes de Estado, turistas e profissionais da imprensa do mundo todo, as ações da Força Aérea foram planejadas para causar mínimo impacto às ações da aviação civil e à rotina do passageiro.
Sala Master
As ações de coordenação do tráfego aéreo são realizadas a partir da Sala Master, no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), organização subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), no Rio de Janeiro.
A Sala Master reúne, em sistema de plantão 24 horas, militares das Forças Armadas, representantes de órgãos federais, estaduais, municipais e entidades do setor de aviação para coordenar ações relativas ao espaço aéreo e aos aeroportos, por meio do gerenciamento de informações e do processo de tomada de decisão colaborativa, visando garantir a segurança dos chefes de estado e de governo presentes no evento.
As atualizações sobre o controle do espaço aéreo durante o G20 estão disponíveis no site do DECEA. Para mais informações, acesse o Guia Prático.
Infantaria da Aeronáutica
Em terra, militares da Infantaria da Aeronáutica estão prontos para manter a segurança das bases aéreas e demais instalações da FAB e, ainda, atuar como batedores em comboios de autoridades, bem como na segurança das áreas dos aeroportos do Galeão e de Santos Dumont. No caso de aeronaves que tenham sido interceptadas pela defesa aérea e forçadas a pousar, grupos com treinamento especial farão a abordagem em solo, se necessário.
Pela Comunicação Social da Aeronáutica